Capitulo 27

2.9K 459 73
                                    

— A sua casa é legal. - Rebecca disse, analisando cada canto do lugar que adentrava com Freen. A garota insistia que queria conhecer a casa da "Fada Chamcham" e a mulher não pôde negar.

— Bem, não é minha, mas é aqui onde vivo. - Freen explicou, ajudando Becky, que caminhava com muletas já fazia alguns dias.

Pohn havia se recusado a ir, alegando que Becky precisava se entrosar com pessoas de sua idade e precisava de um pouco de liberdade para crescer; alegou também o confiar sua vida em Freen, já que estava lhe entregando sua joia mais preciosa por um fim de semana inteiro.

— Kirk? - Freen gritou e em poucos segundos o rapaz já estava ali, acompanhado de Nop.

— Oi, moça. - ele disse sorrindo para Becky.

— Olá. - Becky disse gentilmente.

— Pode subir a coisas de Becky para mim? Vou precisar levá-la e...

— De jeito nenhum. Eu a levo, Freen. Aquela academia tem que servir para alguma coisa além de me deixar gostoso. - ele brincou, vendo uma expressão cética se formar no rosto de Freen.

— Tem certeza? - perguntou. — Digo, não a deixe cair ou algo assim.

— Deixa comigo. - ele disse e Freen só deixou porque ele a carregava sempre escada acima quando estavam brincando entre eles.

— Vou na cozinha preparar algo para comermos. Ela não come já tem umas quatro horas. - disse, vendo Nop erguer as coisas de Rebecca e as muletas e Kirk levantar a garota. — Me espera lá em cima que eu já vou, Becbec.

— Você é amigo da P'Freen desde muito tempo? - Becky questionou enquanto o rapaz a carregava nos braços.

— Desde que ela se mudou para esta cidade. - ele explicou.

— Oh. - Becky disse. — E isso é quanto?

— Não sei. Uns quatro ou cinco anos.

— Oh! Obrigada. - ela agradeceu assim que ele a colocou no chão, pegando suas muletas de Nop, que havia lhes seguido.

— Não precisa agradecer, você é minha futura cunhadinha. Se faz a Sarocha feliz já está bom para mim. - Becky franziu o cenho.

— Cunhadinha? - perguntou confusa.

— Sim. Eu sou melhor o amigo da Freen, bem, eu e o Nop somos. - explicou. — Mas apesar de ser meio bobão eu sou gente boa. Não sou, Nop? - perguntou.

— É, Cara. - o menino assentiu, tocando em sua mão.

— Rá, moleque. - ele disse rindo. — Então, eu considero Freen como uma irmã. Logo se você não é só amiga dela, tenho certeza que no futuro você será minha cunhada. - Becky voltou a entortar a expressão em seu rosto.

— A Freen não é só a minha amiga? - perguntou e Kirk suspirou.

— Diz uma coisa, vocês dão umas bitoquinhas? - Becky franziu o cenho novamente. — Beijinho na boca? - a menina assentiu sorrindo logo em seguida e Nop riu.

— Rá, moleque. - ele disse, tocando novamente não mão de Nop, que também riu ao descobrir aquilo. — Estou me sentindo muito professor, fala aí? - riu mais um pouco, retomando o fôlego instantes depois. — Desculpe, me empolguei. - disse. — Então como eu dizia, quando duas pessoas que se gostam elas agem assim, com beijinhos e tchuneves, mas Freen é certinha demais para ter feito tchuneves com você, então tenho certeza de que não chegaram lá ainda.

— O que é isso? - Rebecca perguntou, mal podendo pronunciar a palavra.

— É uma gíria que eu e Nop inventamos para... ouch! - a cotovelada de Kirk fez o garoto calar a boca.

Em Um Piscar de Olhos (FreenBecky)Onde histórias criam vida. Descubra agora