Apesar da carga pesada de exaustão que Freen carregava nos últimos dias, aquela tarde ela foi contente para a aula prática. Finalmente, depois de tanto tempo aguentando coisas de Saint, ele teria que guardar para si, afinal, Pohn estaria por perto e ela tinha certeza de que a mais velha não deixaria que ele a tratasse como um lixo.Freen chegou quinze minutos mais cedo no hospital, apenas para poder conversar um pouco mais com Pohn e Becky. Ela se sentia demasiadamente feliz desde que Rebecca acordara, era como se sua vida desde então tivesse um propósito: Ajuda-la em sua recuperação total.
— Boa tarde para as mulheres mais lindas deste hospital. - Freen disse animada, entrando no quarto, já que a porta estava aberta. Em sua mão levava consigo uma rosa branca e uma vermelha.
— Olá, criança. Chegou mais cedo. - Pohn disse, não deixando de notar as flores na mão de Freen. Deduziu que fossem para Becky, mas quando Freen estendeu a branca em sua direção sua boca se abriu em completa surpresa.
— Eu costumava levar rosas brancas para a minha mãe quando morava em sua cidade e, bem, pensei que a senhora gostaria também. - disse cordialmente, vendo Pohn pegar a flor para si e inalar a fragrância.
— Obrigada, querida. - agradeceu emocionada.
— Eu traria alguns bombons também, porém Becky não pode comê-los por enquanto e a senhora alegou não gostar de chocolate. - Freen disse e sorriu ao olhar na direção de Becky e ver que a morena balançava o corpo na cama impaciente.
— Não vai falar comigo? - a garota dos olhos castanhos perguntou antes de bufar e Freen sorriu novamente, se aproximando da cama.
— Boa tarde, coisa linda. - ela disse, esticando a rosa vermelha na direção dela. — Eu trouxe uma amiguinha para você. - Becky franziu o cenho.
— Amiguinha?
— Sim, a flor. - ela explicou. — Comprei em uma floricultura e, bem, ela está passando por um processo difícil, pode cuidar dela para mim?
— O que ela tem? - Becky perguntou, visivelmente preocupada.
— Ela tem apenas alguns dias de vida. - Freen disse, vendo Becky abrir a boca em total desespero. — Mas ela não está sentindo dor e nem sentirá. - a mais velha explicou. — Eu trouxe ela para passar os últimos dias com a pessoa mais especial do mundo todo.
— Eu? - Becky perguntou confusa e Freen assentiu ainda sorrindo.
— Sim. Assim ela ficará muito feliz.
— Você me ajuda a cuidar dela, P'Freen? Eu nunca cuidei de ninguém. — a mais nova perguntou e Freen assentiu. — Mamãe, pode trazer algo com água para eu colocar ela? - Pohn assentiu e logo saiu do quarto com sua rosa branca na mão.
— Como você está? - Freen perguntou.
— Triste. Ela vai morrer. - Becky confessou.
— Ela iria morrer de qualquer forma desde que cortaram ela. - Freen explicou. — Mas esse é só um pedacinho dela. O coração dela ainda estará batendo lá na roseira de onde retiraram esta rosa. - Freen disse, vendo Becky sentir o cheiro das pétalas.
— Ela tomou banho, Fre.
— Como?
— Banho. Ela está cheirosa. Tomou banho. - Becky disse, fazendo Freen rir com a expressão suave em seu rosto.
— Ela quis ficar cheirosa para visitar a nova amiga dela. - Freen disse, vendo a menor sorrir animada. — Você dormiu bem, Becky?
— Dormi. É quentinho dormir com você. - Becky respondeu honestamente. — Hoje a Ollie veio de novo.
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Em Um Piscar de Olhos (FreenBecky)
RomanceRebbeca Armstrong tinha apenas seis anos quando seus pais decidiram tirar as tão famosas férias em família. Iriam para a Tailândia, porém, o destino lhes foi cruel, causando o choque de um caminhão desgovernado contra o carro onde estavam durante o...