Em Um Piscar de Olhos (FreenBecky)

Epílogo

~ ~ Dois anos depois ~ ~

— Freen, a gente poderia estar transando loucamente ao invés de...

— Shiu... - Freen disse soltando uma risadinha nasalada antes de guiar Becky, que tinha seus olhos vendados, até a porta do lugar e abri-la, entrando com Becky antes de correr e acender as velas dispersas ao longo do local.

— Freen...

— Não seja impaciente... - Freen pediu e deu mais uma olhada no local, garantindo que tudo estava perfeitamente intacto. — Pronto. - Freen disse, caminhando até Becky antes de ficar atrás dela e puxar a venda de seus olhos lentamente.

Conforme o negro ia desaparecendo, a imagem de velas espalhadas por todo o cômodo foi preenchendo sua vista.

— Este é...

— Sim, é. - Freen disse sorrindo nervosamente, puxando a cordinha de um dos balões que estavam por toda a casa. — Quando você estava ainda internada eu lembro de ter te levado um balão. - Freen disse se aproximando de Becky novamente. — Hoje cá estou eu de novo, repetindo o meu gesto.

Becky começou a piscar desenfreadamente ao ler: "Casa comigo?" no balão vermelho que estava na mão de Freen. Seus olhos percorreram o ambiente e encontraram a mesma frase em todos os outros balões.

— Quero fazer a nossa promessa de dedinho mindinho virar uma promessa de dedinho anelar. - Freen disse, soltando o balão e retirando a caixinha preta aveludada de seu bolso. — Com uma aliança. - Freen falou, abrindo a caixinha diante de Becky, que abriu a boca em pura descrença. — Becky Armstrong, por alguma razão seus olhos se abriram ao escutar a minha voz; de alguma forma você fez meu coração se encher das mais lindas florzinhas, como você mesma dizia. - Freen disse rindo nervosamente. — Por alguma razão você reagiu quando eu disse apenas seu nome quando estava naquela cama, então espero que você ainda reaja assim a mim, pelo resto de nossas vidas. Eu não vou falar um bilhão de coisas porque tenho cada uma das que vivemos juntas em minha memória. Tenho apenas um pedido em mente: - ela parou apenas para umedecer os lábios. — Aceitaria se casar comigo e encher a minha vida de alegria, assim como vem fazendo desde que te conheci?

Becky a olhou boquiaberta por alguns instantes, analisando minuciosamente suas lembranças da primeira vez que ouviu a voz de Freen. De repente ela segurou a mão de Freen e moveu um dedo anelar uma vez, fazendo Freen a fitar confusa, porém algo em sua memória a fez sorrir e se emocionar.

— Isso foi um sim? - Freen perguntou e Becky sorriu.

— Eu já me comunicava com você antes mesmo de proferir alguma palavra quando estava naquela cama. - Becky disse, voltando a mover seu dedo anelar. — Se lembra o que isso significava?

— Uma mexida era sim, duas era não. - Freen disse sorrindo, sentindo Becky enxugar as lágrimas, cujas quais ela sequer havia percebido que escapavam de seus olhos.

— Exato. - Becky disse sorrindo. — É claro que eu aceito me casar com você, moça dos olhos de chocolate. - Becky disse, fazendo Freen rir e chorar de emoção, abraçando sua namorada e enchendo seu rosto de beijos.

— Eu te amo. - Freen disse, percebendo o quanto suas mãos tremiam ao remover a aliança de ouro da caixinha e colocá-la vagarosamente na mão branca, vendo o dourado contrastar com sua pele. — E prometo te amar cada dia um pouco mais.

— Deixe-me fazer isso. - Becky pediu ao ver que Freen colocaria a aliança no próprio dedo. Becky pegou a aliança e colocou no dedo de Freen, erguendo sua mão até sua boca e depositando um beijo sobre o anel. — Você foi, é e continuará sendo a minha promessa de dedinho mais leal e valiosa.

— Sabe que... - Freen começou, guardando a caixinha com cuidado em seu bolso. — O outro dia estávamos vendo casas com Tee e passamos por essa e você disse que gostaria de morar em algum lugar exatamente igual esse... - Freen disse enlaçando seus braços ao redor da cintura de Becky. — Então conversei com o dono e disse que te pediría em casamento e, bem, por isso te trouxe aqui, ele deixou. Se você quiser, ela é nossa. - Becky abriu a boca abismada.

— Jura?

— Juro. Dou o meu apartamento de entrada e parcelo o restante, fica dentro do meu orçamento. - Freen disse sorrindo e Becky a abraçou fortemente.

— É claro que eu quero. Amor, você me pediu em casamento bem aqui. Acho que já amo este lugar. - Freen sorriu antes de selar os lábios de Becky com profunda paixão.

— Então amanhã assino tudo e, bem, se você quiser podemos ir vendo a data do casamento. - Freen disse timidamente e Becky assentiu freneticamente.

— Siiiim. Por favor, Fre? Quero para o primeiro dia disponível. - Freen riu graciosamente ao ouvir aquilo.

— Tanta pressa para quê?

— Quero poder te chamar de minha mulher o mais rápido possível. - Becky confessou.

— Eu sempre fui sua mulher. - Freen disse contra a boca de Becky, ouvindo o suspiro apaixonado da outra garota.

— Também quero morar com você logo, eu adoro acordar ao seu lado, sentir seu cheirinho antes de dormir e fitar seus olhos inchados pela manhã. - Becky falou, colando sua testa na de Freen. — Eu quero muito isso, nosso cantinho, o lugar onde nossos filhos irão correr e brincar no futuro. Argh como eu te amo, Freen. - Becky disse respirando fundo. — Eu quero isso tudo com você.

— Podemos nos mudar para cá e logo oficializar o casamento.

— Não. Quero entrar por essa porta para viver aqui estando oficialmente casada com você. Sendo a senhora Cabello Jauregui. - Becky disse mordendo o lábio inferior. — É para dar sorte.

— Bem, vou ter que ficar na república por um tempo então, sabe? Já que vou dar meu apartamento de entrada.

— Oh meu Deus, então espera! Podemos... - Freen cortou Becky com um selinho demorado.

— Não. Eu gostei da sua tradição, vamos esperar.

— Certeza? - Becky indagou e Freen assentiu.

— Sim, viver com o Nop e com o Kirk não é um bicho de sete cabeças. Pode ser um pouco louco apenas. - Freen disse rindo, sentindo Becky sorrir contra sua pele antes de começar a distribuir beijos ao longo de seu pescoço, fazendo-a suspirar e fechar os olhos para desfrutar da sensação.

— Podemos ir praticando a lua de mel. O que acha? - Becky perguntou baixo, com um tom sexy e rouco, que fez o coração de Freen acelerar.

— Agora? - Freen perguntou e Becky murmurou positivamente, fazendo a menor morder seu lábio inferior.

— O que acha da minha ideia? - Becky perguntou, descendo as mãos pelo quadril de Freen sensualmente.

— Eu adorei a sua ideia... - Freen gemeu baixinho, ofegante, sentindo os dedos de Becky abrindo os botões de seu short jeans.

— Eu te amo. - Becky sussurrou, fazendo Freen a fitar intensamente, enquanto seu coração disparava e suas mãos suavam.

— Eu também te amo. - Freen sussurrou antes de envolver os dois braços ao redor do pescoço de Becky. — Com todas as florzinhas do meu coração. - Disse, vendo o sorriso bobo brincar nos lábios de sua - agora - noiva.

— Sim, linda. - Becky disse, desabotoando os botões da camisa de Freen sem jamais deixar de fitá-la nos olhos. — Com todas as florzinhas dos nossos corações.

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deus que me livre desses homossexuais.

Brincadeira gente. Mas enfim, a história acabou por aqui. Confesso que foi um saco ter que ler e reler pra ver se os nomes estavam certos, mas o principal motivo por eu escolher ter feito essa adaptação foi porque sempre achei que a personalidade das personagens baterem muito com a da "série".

É isso, querides. Um beijo e - quem sabe - até a próxima adaptação.