— Você pode subir, querida. - Pohn disse sorrindo e Freen se aproximou dela, dando um forte abraço.
— Que saudade da senhora. - Freen disse sorrindo assim que encerrou o abraço. — Não tive tempo de vir aqui esta semana, sinto muito.
— Não se preocupe. - Pohn disse. — Oh, estou te preparando uns biscoitos incríveis, mais tarde pedirei para Becky ir te levar na sua casa.
— Se não é a melhor sogra do mundo, provavelmente a disputa será acirrada com a número um. - Freen disse rindo. — Muito obrigada.
— Não há de quê. - disse acariciando a mão de Freen. — Agora suba, pois Becky fala de irem comprar esse carro desde a semana passada.
— Sim, eu iria com ela na semana passada, mas tive que trocar meu turno naquela semana. - Freen explicou. — Vou lá, com licença.
— Fique à vontade. - Freen ouviu Clara dizer antes de subir as escadas. Caminhou até o quarto de Becky e deu três batidas na porta.
— Entre! - ouviu a voz de sua namorada proferir e sorriu, fazia dois dias que não a via.
— É aqui que mandaram entregar uma namorada cheia de saudade? - Freen perguntou sorrindo e Becky a olhou com os olhos brilhando.
— Chamcham... - Becky disse animada e se levantou, correndo até sua namorada e dando um abraço forte antes de colar os lábios em um selinho demorado.
— Heey, está fazendo mudanças, hm? - Freen disse ao reparar algumas coisas sendo tiradas das paredes do quarto de Becky.
— Sim, meu quarto não condiz com minha idade, mas não sei o que tirar, eu gosto de tudo. - Freen assentiu e puxou Becky pela mão, a fazendo se sentar em seu colo antes de envolver as mãos ao redor de seu corpo.
— Olha, você não precisa tirar as fadas por essa besteira de idade. - Freen alegou. — Eu mesma sou apaixonada por seres místicos e se pudesse teria um quarto igual ao seu.
— Sério? - Becky perguntou e Freen assentiu.
— Muito sério. Então se você quiser mudar o estilo do seu quarto porque enjoou eu até te ajudo, porém se for para se encaixar nos padrões da sociedade esqueça isso.
— Me ajudaria mesmo?
— Claro. - Freen disse e Becky sorriu. — Só não quero que aceite nenhum dos pôsteres da Tee, vai ter mulher pelada neles, tenho certeza, e vou ficar com ciúmes. — Freen disse rindo e Becky abriu a boca surpresa.
— P'Freen! - Becky disse antes de afundar a cabeça no pescoço de Freen.
— Só disse verdades. - Freen disse rindo.
— Já que entramos nesse assunto... - Becky começou, acariciando a clavícula de Freen um pouco sem jeito. — Eu consegui fazer sozinha. - Freen piscou lentamente até entender do que Becky se referia.
— Você não... não precisa me dizer isso. - Freen disse mordendo seu lábio inferior.
— Achei justo dizer, afinal eu pensei em você. - Becky disse e Freen podia jurar que havia um pouco de malícia na voz que geralmente saía inocente.
— Sua mãe pode aparecer, a porta está... - Freen começou, arfando e fechando os olhos lentamente ao sentir beijos suaves de Becky em seu pescoço. — Aberta.
— Você já fez isso pensando em mim? - Becky perguntou, lhe olhando antes de morder o lábio inferior de Freen.
— Já. - Freen confessou. — Mas nunca consegui terminar, você sabe... sempre alguém atrapalhava. - revelou sentindo os braços de Becky se enroscaram em seu pescoço.
— Eu poderia te ajudar com isso, amor. - Becky sussurrou e Freen sentiu seu corpo esquentar de repente, fazendo sua respiração ficar descompassada.
— Você está se tornando uma provocadorazinha experiente. - Freen disse franzindo os olhos e Becky sorriu, assentindo.
— Estou, não estou? - perguntou rindo, antes de acariciar a nuca de Freen e se inclinar, capturando seus lábios em um beijo manso.
Freen gemeu baixinho diante da saudade que havia sentido daquele contato; jamais se cansaria daquele beijo. Freen apertou as mãos na cintura de Becky ao sentir uma mão da garota descer e adentrar sua blusa, acariciando sua barriga.
— Senti saudade... - Becky sussurrou antes de voltar a aprofundar o beijo, fazendo o coração de Freen acelerar ainda mais quando uma mão da garota subiu por dentro de sua blusa. — Posso te tocar?
— A porta, amor... - Freen sussurrou quase sem ar e Becky se levantou, indo fechar a porta às pressas.
— Problema resolvido. - Becky disse antes de voltar para o colo de Freen. — E agora? - perguntou enchendo de beijos lentos na clavícula de sua namorada.
— Pode... - Freen soltou em um fio de voz, sentindo a mão quente de Becky rodear seu seio no instante seguinte por debaixo da blusa e apertá-lo sem usar muita força.
A maior gemeu baixinho e sentiu seus seios entumescerem diante do toque.
— Eu adoro o fato de você quase nunca usar sutiã. - Becky disse baixinho. — Quase sempre consigo ver o formato deles. - ela disse, voltando a beijar Freen de uma forma intensa.
Freen mordeu o lábio inferior de Becky e apertou mais sua cintura, porém seus olhos focaram no relógio no meio da parede atrás de Becky.
— Isso tudo está muito, muito gostoso, amor, mas precisamos ir comprar logo esse carro. Preciso ir trabalhar. - Freen disse com dificuldade, fazendo Becky retirar a mão de seu seio antes de lhe dar um selinho.
— Está bem. - ela concordou, se levantando do colo de Freen e a puxando pela mão.
[...]
Freen ouvia atentamente o que o vendedor dizia sobre um dos carros enquanto tinha os braços passados pelo ombro de Becky, tendo uma de suas mãos entrelaçada com a de Becky.
— Como disse que se chamava mesmo? - Becky perguntou e o homem sorriu gentilmente para ela.
— Juan. - ele informou e Becky assentiu.
— Então, Juan. Eu realmente não estou nada feliz de que você tenha dito que este é o modelo mais econômico e o último modelo lançado, sendo que você e eu sabemos muito bem que este modelo não chega a ser sequer econômico e ele tem um modelo que foi lançado depois dele. - Becky disse tranquilamente. — Então eu peço encarecidamente que não minta, porque minha namorada está disposta a comprar um carro para ela, praticamente de aniversário, e não ficarei nada contente se por ventura ela vir a odiar o bem que comprar. - o homem lhe olhou desconcertado e Freen a fitou boquiaberta.
— Eu... Eu sinto muito, senhorita. - ele disse.
— Não sinta. Olha só, parece que temos outra vendedora logo ali, obrigada, não precisamos mais dos seus serviços. - Becky disse, puxando Freen em direção a outra vendedora.
— Como sabe tudo aquilo? - Freen perguntou baixo e Becky sorriu, lhe dando um beijo no rosto.
— No hospital só tinha revista de moda e de carro. - Becky disse rindo. — E eu odeio moda.
— Você absorve muito fácil o que lê, sabia? Não sei se tenho orgulho ou inveja. - Freen disse rindo, dando um selinho em Becky antes de se aproximar da vendedora.
— Pode ter os dois. Eu deixo. - e, diante do riso gracioso de Freen, Becky inevitavelmente sorriu junto.
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Em Um Piscar de Olhos (FreenBecky)
Roman d'amourRebbeca Armstrong tinha apenas seis anos quando seus pais decidiram tirar as tão famosas férias em família. Iriam para a Tailândia, porém, o destino lhes foi cruel, causando o choque de um caminhão desgovernado contra o carro onde estavam durante o...