》R E G R A S《

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• Se o caderno for inutilizado, picado ou queimado, todos os humanos que tiverem tocado nele morrerão.

• Uma vez que o caderno é usado, o autor deverá continuar os assassinatos com um período de pausa de 13 dias, caso contrário, ele próprio morrerá.

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Akemi andava pelo seu quarto inquieta. A garota não parava de pensar à respeito de tudo que estava acontecendo e roía as unhas de puro nervosismo:

- Vai cumê os dedo desse jeito.

A garota pôs as mãos nos bolsos da calça enquanto andava em círculos pelo cômodo. Estava tão nervosa e pensativa que eram três horas da tarde e ainda estava de pijama.

- Quer conversar? - a entidade perguntou se sentando na cama de Akemi, dando tapinhas no espaço ao  seu lado  indicando para a hacker se sentar ali.

- É que... eu... eu estou com medo... - ela mordeu a unha de seu polegar direito, encolhendo os ombros. - Sabe... tenho medo de algo acontecer à mais algum amigo meu... ao Ryuzaki... ele está se arriscando tanto enquanto eu me escondo por trás de uma máscara. Isso não é justo com o Ryuzaki e nem com ninguém. - a garota disse com os olhos marejados, sentindo um nó se formar na garganta.

- Não é injusto preservar a própria segurança. - o shinigami fez um leve carinho na cabeça da pequena, o que foi um pouco brutal por causa que Kyuru não sabe maneirar a força na mão - Assim como  todo mundo, você está dando seu melhor por todos! Você não percebe o quanto você adiantou essa investigação com apenas um caderno da morte e um notebookzinho que você comprou na mão de um cara suspeito?

Akemi sorriu por causa do jeito que o shinigami falou, sentindo as lágrimas rolarem pelas bochechas pálidas, porém rosadas.

- Se você quer mesmo proteger seus amigos, que tal usar suas habilidades como invasora de espaço alheio virtual e apagar quaisquer notícias ou páginas daqueles seus amigos americanos estranhos antes que o Justin Bieber resolva usar eles pra te afetar? - ele tombou a cabeça pro lado, encarando a garota que limpava as lágrimas tentando se recompor

- Verdade... melhor começar a trabalhar nisso antes que eles acabem que nem a Saiko... - ela deu um sorriso tímido abraçando o shinigami esquelético, o mesmo, deu dois tapinhas no ombro de Akemi - Obrigada, Kyuru... me ajudou bastante...

Kyuru fez um joinha com um sorriso travesso.

- Vou pegar jujuba, faloooow! - ele diz atravessando a parede de costas olhando para a hacker com um olhar galante e a deixando para que se concentre em seu trabalho.

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Chovia fraco.
O shinigami  pegou um pacote de jujubas da despensa e foi para o telhado saciar seu vício em paz. Ele não contava quem encontraria ali, parada, refletindo enquanto olhava para a cidade que se perdia no horizonte nebuloso:

- Remu? - Kyuru se aproximou da shinigami,  se sentando na borda do prédio ao lado da mesma.

- Oi. - Ela disse seriamente, Kyuru sabia que havia um tom melancólico por trás daquela rispidez toda.

- Você parece distante, Remu... quer me falar o que está pensado? Encarnei o psicólogo hoje! - ele balançou o pacote de jujubas oferecendo para a esbranquiçada, a mesma negou com a cabeça.

- Psi oque? - ela falou confusa - isso não importa! É só que... eu estou apenas cansada de tanta pergunta daqueles homens lá em baixo... eles pensam que eu sou menino, dá para acreditar?

- É foda.

- Eles me fazem perguntas que não sou autorizada à falar pela segurança da Misa, e eu odeio isso! Odeio mentir!

- É foda.

- E se eu falar demais? O Light Yagami vai matar a Misa com toda certeza... mas... se ele matar ela, eu o mato de volta!

- É foda.

- Você só sabe falar isso? - A shinigami virou a cabeça olhando para Kyuru.

O azulado viu uma oportunidade perfeita para o plano da Akemi.

- Olha, eu sei como está se sentindo... eu sei que quer proteger a Misa à qualquer custo!

- Como você pode entender? -  Remu estava confusa. Por mais que parecesse sinistra, era realmente sensível por dentro.

Kyuru olhou para cima, vendo as gotinhas de água pousarem sob seu rosto.

- Eu também tenho uma humana pra proteger. Claro, eu não estou apaixonado por ela, mas... eu me apeguei. É como se... fosse uma humana de estimação. Tenho medo que ela possa morrer pelas mãos do Light, então temos tudo isso em comum.

- Então você sabe que eu morreria para salvar a Misa.

- Sei sim... - Kyuru fez uma pequena pausa, comendo algumas jujubas.

- Me doeu quando ela quis fazer os acordo dos olhos, mas eu concordei por ela ter mais tempo de vida que os outros humanos...

- Ah sei... o shinigami que morreu pra salvar ela... - Kyuru respirou fundo, pondo algumas jujubas na boca e as mastigando ferozmente - Sabe, eu senti o mesmo quando a minha humana quis fazer o acordo... - ele olhou para os lados desconfiado - Posso te contar um segredo?

- Você sabe que eu sou confiável, Kyuru. - disse a esquelética, como se fosse óbvio.

- Eu quebrei uma regra do rei shinigami....

O Outro Lado De Death NoteOnde histórias criam vida. Descubra agora