- Qual regra você quebrou? - Remu perguntou sem hesitar. Odiava ficar curiosa por tempo demais.- Sabe, o acordo dos olhos... ele exige que você tire a metade da vida do humano burro que quer fazer o acordo.
- Sim.
- Então... minha humana fez o acordo e eu fiquei muito relutante e preocupado. Ela já não tinha muito tempo de vida, se eu tirasse metade disso, ela morreria em alguns anos... - Kyuru jogou mais algumas jujubas na boca.
- Então você não tirou? - Remu olhou para Kyuru com sua rotineira expressão séria.
- Tirei. Apenas cinco anos.
- Ainda sim, é grande coisa dependendo do tempo de vida dela... se o rei shinigami souber...
- Mas não vai, por que você não vai contar. - o shinigami a encarou - Não é mesmo?
- Ainda sim, muita coisa... - Remu encarou o horizonte - me responde uma pergunta: como foi que você conseguiu um segundo caderno?
Kyuru soltou uma risada anasalada. Não havia mencionado esse fato desde que começou sua pequena aventura na terra.
- Eu estava entediado, fingi que perdi meu caderno, persuadi o rei shinigami pra me dar outro e como ele é mongol boca aberta, ele me deu, joguei o caderno na terra e deixei o circo pegar fogo.
- Você e Ryuuki são iguais mesmo... tanto na malandragem quanto na imprudência. - Remu balançou a cabeça negativamente.
Kyuru deu de ombros.
- Você não pode falar nada, também trouxe um caderno pra terra.
Remu permaneceu calada. Kyuru precisava que a shinigami cooperasse com o plano de Akemi e sabia exatamente como fazer isso.
- Hey, branquela... você quer salvar a Misa daquele Justin Bieber do paraguai, não quer?
- Mais do que tudo... mesmo ela estando feliz ao lado daquele nojento... - Remu falou com o desprezo evidente na voz.
- Olha, podemos bolar um plano legal pra fazermos isso... mas vamos precisar de uma pessoa pra convencer a Misa. - Kyuru jogou as últimas jujubas na boca.
Remu encarou o companheiro curiosa. Ela havia se interessado na proposta de Kyuru, crente de que livraria a Misa de suspeitas e, claro, das garras de Light que só a usava por causa dos olhos. O azulado deu uma risadinha, levantando voo:
- Espera aqui, rapidinho!
Ele atravessou as paredes, flutuando pelos corredores até o quarto de Akemi, onde a garota ainda estava ligada em seu computador. A entidade apenas fechou o notebook na cara da hacker, sendo fuzilado com um olhar raivoso por parte da garota:
- A educação mandou um abraço. - ela cruzou os braços.
- Manda um beijo pra ela, vamo, tenho um plano que vai te ajudar!! Vem comigo! - O shinigami disse socando a máscara no rosto de Akemi e a puxando para fora do quarto.
- Ei ei ei!!! - contestou a garota - pra onde tá me levando??? E eu ainda estou de pijama, sabia?? E se alguém me pega vestida assim?? Deixa eu apenas me trocar que eu to feia desse jeito!!!!
- Você está feia o tempo todo, Akemi. Vambora.
- COMO É?!?!?! - Kitsune berrou, recebendo o olhar confuso da camareira que passava ali inocentemente apenas fazendo seu trabalho de cada dia.
Kyuru levou a garota para o telhado. Kitsune sentiu o vento gelado arrepiar sua pele e balançar seus cabelos bagunçados enquanto as gotas grossas da água gelada pousavam sob sua pele quente. Ao longe, em meio à chuva, a garota pôde visualizar a figura fantasmagórica de Remu. A shinigami virou a cabeça a encarando sem nenhuma surpresa estampada no rosto.
- O que ela faz aqui?
- Ela faz parte do plano pra salvar a Misa. - o azulado apontou para Kitsune como se ela fosse um prêmio.
A mascarada viu ali uma oportunidade perfeita para ter a shinigami ao seu lado. Remu contou sobre como ela havia ajudado no plano de Light para "salvar a Misa" sem se preocupar, pois ela tinha noção que a garota já sabia a verdadeira identidade do Kira.
- Então... o Light trocou os cadernos, assim ele fica de olho no caderno dele e em você ao mesmo tempo... entendi... - A garota falou reflexiva
- Ele teme que assim que eu me juntar à Misa novamente, eu possa matar ele. - Remu deu de ombros - E errado não está... se eu pudesse, o matava agora, mas não posso deixar a Misa triste...
- Tive uma idéia! - Kitsune estalou os dedos - eu falo com ela! Posso pedir pra ela colaborar com a gente, e se ela fizer isso, Light Yagami não vai ser condenado à morte podendo até ter uma liberdade condicional e ela, inocentada.
- Claro, vai ser fácil assim! - Kyuru disse debochado, soltando uma risadinha.
- Não acho que esse plano seja possível... onde vai arranjar poder para inocentar a Misa? E se você estiver mentindo? E em que mundo eles receberiam penas tão leves para crimes tão grandes? - Eram muitos questionamentos vindos da shinigami, Kitsune cruzou os braços e deu um suspiro.
- É mais fácil vocês verem meu plano na prática... se eu for explicar, vocês não vão entender - a garota gesticulou com as mãos - mas eu te prometo, Remu... se você seguir meu plano direitinho, a Misa vai sair dessa com a ficha limpa!
Kitsune não sabia ao certo como essa promessa iria se manter, nem se L concordaria com isso, a única coisa que precisava, era de Ryuuki para expor o Light.
- E se você não honrar sua palavra? O que me garante que sua promessa é válida?
- Eu juro, que se minha promessa não for cumprida... - a garota levou a mão até sua máscara, a removendo devagar e olhando a entidade esbranquiçada em sua frente, arrancando um olhar espantado de ambos os shinigamis - Então você pode me matar do jeito mais doloroso e lento que puder.
Kyuru ficou preocupado, não queria que a garota chegasse a tal nivel. Já Remu, reconheceu que nem todos os humanos eram tão nojentos assim, se aquela mera humana estava ali oferecendo à própria vida por uma promessa, valia à pena cooperar com ela mesmo com um pé atrás.
- Então, Remu... temos um acordo? - a garota estendeu a mão, sorrindo.
- Conte comigo, Akemi. - as duas selaram o acordo com um aperto de mãos se encarando com olhares recheados de pura determinação - Só me diga o que eu devo fazer para salvar Misa Amane!
🍰
Desculpem se o capítulo ficou confuso
:(🍰
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O Outro Lado De Death Note
Fiksi PenggemarE se Death Note terminasse de forma diferente? E se do nada uma hacker procurada se envolvesse no caso Kira e se juntasse ao L? Essa fanfic saiu de algum lugar das profundezas do meu cérebro e eu pensei: Por que não... Não é mesmo? Espero que goste...