Pov: Xavier.
Eu tinha realmente escutado aquilo ou foi uma alucinação da minha cabeça?
Ela pareceu pensar a mesma coisa, pois ficou com uma expressão de surpresa antes de voltar a sua face inexpressiva.
- Vamos, já está mais do que na hora de voltar para aquela prisão juvenil. - ela fala andando em direção onde estacionou.
- Não, primeiro vamos conversar. - a seguro pelo pulso.
- Não tenho tempo para conversar. - ela fala séria, se virando para mim.
- Por que você é assim? Você é legal e finalmente expressa o que sente e do nada volta a sua face inexpressiva e finge que nada aconteceu! - exclamei soltando seu pulso.
- Eu não sei, Xavier! Eu realmente não sei! E eu me odeio por isso, odeio não saber as coisas, odeio não está no controle do meu corpo e da minha mente como eu sempre fui, odeio esse maldito stalker que não me deixa em paz. E tudo isso está acontecendo me deixando confusa e profundamente irritada comigo mesma, e eu não posso deixar essa coisa, que eu nem sei o que é, que sinto por você atrapalhar os meus planos de resolver esse mistério. - ela solta tudo de uma vez, com uma expressão de puro ódio, seus olhos estão escuros e eu não consigo dizer uma palavra.
- Depois dessa confissão precisarei exorcizar-me para retirar o espírito repulsivo adolescente na puberdade que está se apoçando do meu corpo. - ela comenta em voz baixa para si mesma, voltando ao seu estado de espírito normal.
Esse comentário me arrancou um riso abafado.
- Então, você acha que depois que toda essa situação acabar poderemos ter uma chance? - pergunto apoiando minhas mãos em seus ombros.
- As chances são mínimas, Xavier. - diz monótona, com sua linda face inexpressiva. - tão mínimas, que você tem mais chances de acabar sendo morto por mim, do que acabar em alguma espécie de relacionamento com minha pessoa. - fala tirando minhas mãos de seus ombros.
- Eu não me importo de correr riscos, caso ao contrário eu não estaria aqui com você agora. - dou o meu sorriso largo de sempre.
- Se quiser acabar em cima da minha mesa de sutura, sendo aberto por mim com um dos meus bisturis, após ter uma morte por circunstâncias duvidosas e misteriosas, fique a vontade. - diz dando as costas e voltando a andar em direção da moto.
Confesso que fiquei assustado,mas respirei fundo e a acompanhei.
- B-Bom - pigarreio para minha voz voltar ao normal. - eu realmente não me importo de correr esse risco. - falo recolocando o sorriso no meu rosto.
- Sua estupidez me impressiona cada vez mais. - comenta subindo na moto.
- Nossa, eu consegui impressionar Wandinha Addams com alguma coisa minha! - falo meio sarcástico, mas nunca deixando o bom humor de lado.
A trançada apenas revira os olhos e sobe na moto, eu apenas fico a observando.
- Quer um convite formal? Sobe logo antes que eu mude de ideia e deixe você aí. - ela ameaça me dando um dos capacetes que ela já havia pegado.
- Valeu. - agradeço botando esse ridículo capacete rosa.
- Se segure, não vou avisar novamente. - ela avisa já com nós dois em cima da moto e dando a partida.
- Pelo amor de Deus, Wanda, não dirija como uma louca de novo. - praticamente imploro.
- Não me chame por esse apelido estúpido e eu não prometo nada. - diz com seu ton mórbido, mas pude ver uma breve pequeno sorriso divertido aparecer no seu rosto.
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Wandinha e Xavier - Mais uma integrante na turma
Ficção AdolescenteO que acontece quando a prima de Wandinha chega na escola Nunca Mais? agora tem duas Addams aterrorizando e causando encrencas e confusão na escola. O que de errado pode acontecer? PS: Isso acontece depois da primeira temporada.