sete - hematomas

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(Jack)


Eu caço a chave no bolso, abro a porta e deixo Nolan entrar. Ele para no hall da sala e fica olhando em redor, contemplando aquela desordem medonha que, para ele, parece uma novidade deliciosa.

— Não repara — eu digo, tentando sorrir. — Eu e meu pai moramos só, então, casa de homem é uma bagunçada!

Vou andando para o meu quarto. Meu corpo começa a esfriar e doer muito. Nolan me segue, olhando os móveis, as coisas.

No meu quarto, eu jogo a mochila em cima da cama e pergunto:

— Me fala quem é esse tal de Bailey.

— Ah, é só o maior valentão da escola! — Nolan retruca como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.

— Mas o que ele faz para ter aquele bando de babacas seguindo ele?

— Nada demais. — Ele senta na beirada da minha cama enquanto gesticula. — Ele é apenas o capitão do time de futebol. E ele também namora apenas a menina mais bonita da escola, a Anne Marielly.

— Já entendi. Ele é o galã do pedaço. Mas por que implicou justo comigo?

Ouço Nolan engolir a seco enquanto seus olhos me vasculham.

— Eu... Não sei — ele diz.

Tiro a camisa. Os hematomas na minha barriga estão bem visíveis e doloridos. Quando me viro para mostrá-los a Nolan, percebo que ele está vermelho de me ver sem camisa. Será que ele nunca viu outro cara pelado antes? Acho melhor eu não tirar a roupa toda na frente dele, então. Não preciso deixá-lo constrangido.

Pego a minha toalha e a jogo no ombro.

— Quero que você me conte quem é quem na gangue daquele idiota — digo.

— Mas o que você pretende fazer?

— Nada demais. — E entro no banheiro.

Tiro a minha roupa toda, afasto a cortina e entro na banheira. Tenho mais ou menos uma ideia de como vou me vingar do Bailey. Mas, para isso, preciso saber quem é quem no seu bando. Qual a função deles. Não vou ser pego de surpresa de novo. Ao contrário, eu é quem vou surpreender aquele babaca.

Ligo o chuveiro e grito de dor quando a água toca o meu ferimento no nariz. Merda. Isso dói para caralho!

Mas fico ainda mais surpreso quando olho para a porta e vejo Nolan lá parado, me olhando todo sem graça. E ele está corando. Vermelho que nem um pimentão!

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