dezessete - fetiche

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(Nolan)


É dia de prova de estudos sociais e eu quase chego atrasado no colégio. Jack já está sentado na sua cadeira, na mesa ao lado da minha. Ele acena e sorri quando me vê. Segundos depois, a Srta. Jeong, nossa professora, entra abraçando uma pilha de papel.

Em cinco minutos, eu recebo o meu caderno de questões e a primeira delas é uma pergunta pessoal, dessas para fazer a gente pensar na vida:

Qual o seu maior sonho?

Eu não sei. Eu ando estressado, então, agora, acho que eu só queria foder com o Jack. Eu gosto tanto desse cara, e eu também não consigo esquecer o que vi naquele dia, no banheiro do quarto dele. Eu só queria ter ele daquele jeito por mais alguns minutos comigo. A sós. Sem ter medo de olhar ou de tocar. De dizer para ele me deixar com a bunda doendo e as pernas bambas de tão cansado...

Na folha da prova, eu respondo qualquer outra coisa. Mas, enquanto escrevo, minha mente viaja nos centímetros abaixo da cintura do Jack. Como pode ser tão grande? E tão grosso? Além do mais, eu não sabia que um cara com pelos poderia ser tão sexy. Nunca pensei que eu gostasse de pelos, na verdade. Ainda mais, os lá debaixo. Mas o Jack... Até com isso ele consegue ser lindo!

Eu poderia ficar aqui pensando em todos os fetiches que secretamente tenho vontade de realizar com ele. Um por um, sem pular nenhum.

Mas acontece que não sou muito experiente com essas coisas, então não disponho de muita imaginação para elas. Mas uma coisa que morro de vontade de fazer, com certeza, é lamber o sovaco dele...

Meu estômago embrulha por um momento. Que droga! Por que diabos eu tenho vontade de fazer isso? Não sei, mas consigo me imaginar fazendo isso com ele agora, enquanto ele geme e fala para eu continuar.

Olho para o Jack ao meu lado, de esguelha. Ele está com os cotovelos na mesa, escrevendo; usa uma regata branca. Consigo ver os tríceps relaxados, os pelinhos loiros da sua axila. Molho os meus lábios com a língua. Acho que tenho fetiche por pés e axilas, e as do Jack são tão perfeitas que eu poderia tranquilamente morar ali embaixo dos seus braços.

Então, fico pensando como o Jack deve ser naquela hora... Eu sei que ele é virgem, mas, se fosse para a cama com alguém, ele seria carinhoso ou bruto? Pega com força e mete sem dó ou soca-fofo?

Molho os meus lábios de novo enquanto assisto os tríceps dele se contraindo enquanto ele escreve na folha de questões. Não adianta. Meu pau está duro por esse cara e eu transpiro de nervoso. Eu queria apenas suspirar, choramingar, gritar de dor com ele mandando ver em mim. Se bem que eu não acho que ele me faria gritar. Secretamente, acho que o Jack é carinhoso, apesar de se fazer de cara durão.

Acho que ele ia me deixar completamente apaixonado, e não dolorido.

Encaro a minha folha de questões em branco e meu estômago embrulha uma segunda vez. Por que estou pensando nessas coisas horríveis? Sei que ninguém pode ouvir os meus pensamentos, mas fico momentaneamente com vergonha de ter pensando em todas essas coisas. Credo. Eu sou tão puta assim?

Tento focar nas questões da prova, mas a minha mente está mesmo aérea. Só consigo pensar no Jack pelado. Só consigo pensar no seu cacete duro. Reviro os olhos e tento pensar na situação do Alex. Agora ele está do nosso lado e o Bailey vai bufar de ódio. Jack vai conseguir acertá-lo onde mais dói.

Claro que o Bailey não vai deixar isso barato. E foi pensando nisso que eu bolei uma coisa para estar ainda mais próximo do Jack e poder ajudá-lo. Então, olho para ele ao meu lado outra vez, mas ele não percebe que estou olhando. Está concentrado demais na prova.

Depois dessa aula, vou encontrá-lo e dizer o que vou fazer.

Depois dessa aula, vou encontrá-lo e dizer o que vou fazer

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