trinte e um - destruídos

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(Alex)


Depois de correr 20 voltas em torno do gramado, entro no vestiário. Ainda tenho uma hora até a próxima aula.

Não vejo a Anne, o Jack e o Nolan desde o baile. Isso já tem dois dias.

Algumas cenas vexatórias insistem em não sair da minha cabeça... Eu soquei a cara do Jack, aquele otário. Não vou mentir, eu adorei, mas agora estou aqui me borrando de medo. Ele me tem nas mãos, pode acabar comigo com um simples clique, e nós dois sabemos disso. Merda! Acho que preciso me desculpar com o Jack. Eu também ferrei com o esquema do Nolan falando que ele o amava na frente do colégio inteiro...

— Droga...

Abro o chuveiro e a água jorra nos meus cabelos.

A verdade é que uma parte de mim queria voltar no tempo e corrigir aquela noite, enquanto a outra queria voltar no tempo e nunca ter pisado os pés nesse colégio. Não consigo esquecer o Bailey, mas ele me faz mal.

Apanho o sabonete e o passo pelo corpo, subindo da virilha para os ombros. O vestiário está vazio como de costume nesse horário. Às segundas, ninguém aparece por aqui, o que o torna o meu recanto ideal para ficar sozinho e pensar nas besteiras da vida. Tipo o que eu estou fazendo agora...

Desligo o registro e pego a minha toalha. Me seco na frente de um espelho e, por um momento, me olho por inteiro. Sorrio. Meu corpo está lindo. Meu peitoral, meus bíceps, abdômen, bunda. Meu pau. Obra de arte. Não fosse o meu histórico, eu poderia ser o cara dos sonhos de qualquer garota. Sorrio. Só então me visto e saio.

Na saída, eu paraliso. É o Bailey vindo na minha direção. Não sei o que fazer. Ele já me viu. Ele sabe que eu também o vi. Está sorrindo. Não tenho para onde escapar. Estou ferrado...

— Era você mesmo quem eu queria ver — ouço a voz arrogante dele trovejar em cima de mim.

Eu tento me afastar, mas ele agarra o meu braço com tanta força que eu quase choro.

— Não tente mais escapar de mim...

— Bay, não quero encrenca.

— Uma pena. Eu sou a encrenca!

— Por favor...

— Você já foi o meu favorito antes, Alex, mas agora não passa da cadela daquele canadense filho da puta!

— Não é verdade!

— Não é verdade? E o que você faz andando com ele e aquele veadinho do Nolan? Você tá dando pro macho dele também?

Meu rosto arde de vergonha.

— Eu só... Eu estou me protegendo, Bailey...

— Ah — ele sorri, sarcástico, e logo volta a fechar a cara —, então é disso que você tem medo? Que o Jack vaze o vídeo com você engolindo o meu pau que nem uma puta suja?

— Você sabe que os meus pais, eles... — eu abaixo a cabeça. — Eles não podem saber.

Ouço a risada dele me hostilizar.

— Não pode ser visto mamando um caralho, Alex? Não é coisa de macho, né?

— Bay, não faz assim. Você tá me machucando...

Mas ele não se importa. O que ele mais gosta é de machucar os outros. Ele ama essa sensação — posso ver agora no olhar rancoroso dele. Me arrasta de volta para dentro do vestiário, me pega pela cintura, me joga de bruços sobre o banco, aperta a minha cara no assento de madeira e arranca o meu calção com uma puxada violenta.

— Bay, espera, eu...

Mas ele ignora o meu apelo. Quando sinto, ele já está deslizando dentro de mim. Meu corpo se contrai, meu rosto está transfigurado numa careta de dor e amor. Embora o Bay não tenha um pau enorme, ele sabe como pegar você de jeito.

— Ah! Bay...

— Cala a boca — ele faz os meus olhos rolarem pelas órbitas.

Ele segura a minha cintura com tanta força que aposto que a marca das suas mãos ficarão tatuadas ali. E me estoca. Ele está descontando a sua raiva em mim e eu não posso fazer nada além de gemer e esperar que ele termine de me punir.

Ele me estoca. Meu rosto raspa contra a madeira do banco e ouço o choque dos nossos corpos se amplificando no vestiário vazio. E me estoca. Eu tô com as pernas bambas. Eu sou um buraco vazio implorando para ser preenchido de amor. Mesmo que seja o amor violento desse cara. Eu dependo disso e só percebo neste exato momento, com o Bailey me rasgando, a minha cara raspando no banco, as minhas pernas bambas, os nossos corpos fazendo música.

Quando termina, sinto a respiração úmida dele roçar no meu ouvido antes do sussurro:

— Você está comigo ou com aquele canadense de merda?

— Bay...

— Me responda, eu preciso saber!

— Com você... — Eu aperto os olhos, chorando.

Bailey se veste, sai e me deixa de bruços no banco, mole, melado do seu sêmen, com a bunda e o coração destruídos.

Bailey se veste, sai e me deixa de bruços no banco, mole, melado do seu sêmen, com a bunda e o coração destruídos

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