Tinta colorida

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Galera, só para avisar, eu editei o capítulo anterior para mudar o formato dos diálogos e seguir o mesmo padrão de Life Goes On.

Lembrem-se de deixar vários comentários para deixar essa autora feliz.

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- Amor, eu tô com sono, - Gattaz resmungou enquanto Rosamaria a puxava pelo gramado para longe da tenda onde os últimos convidados sobreviventes à noite de festas estava ainda dançando.

Rosamaria, que havia segurado a mão de sua esposa para se afastar dos demais, inclinou a cabeça para o lado e sorriu. - Vem, - ela pediu, usando a voz manhosa que ela sabia que era capaz de conquistar qualquer coisa com Caroline.

A mulher mais alta, no entanto, fez um som de reclamação com a parte de trás da garganta. Ela havia se deixado puxar pelo gramado sem resistência, mas ela estava mesmo cansada. A cerimônia de casamento delas havia começado quando o sol estava se pondo, e elas tinham ido direto para a festa depois. Ela não tinha ideia de que horas eram, mas, provavelmente, já era quase manhã. O ar estava meio gelado, a noite não tão escura mais, e a maioria dos convidados já tinha ido embora. Da família de Gattaz, apenas Marcela havia resistido até o final, e ela ia fingir que não viu sua irmã dando em cima de Thaisa. E ela havia visto uma ou duas das primas de Rosamaria por ali ainda, mas grande parte das pessoas na tenda eram suas amigas. Gattaz mesmo só havia ficado até aquela hora porque Rosamaria parecia estar vivendo o melhor dia da vida dela e ela não tinha coragem de falar para ela que estava cansada e queria ir para o hotel.

- Mas eu queria nanar, - ela falou, fazendo beicinho logo em seguida, o que fez Rosamaria parar de andar e olhar para ela.

A oposta ergueu a mão para apertar suas bochechas. - Oh, meu deus. Ela é só um neném, - brincou.

Apesar disso, Gattaz acenou com a cabeça várias vezes. - Sou.

Rosamaria soltou uma risada alegre e deslizou sua mão para a nuca da mulher mais alta, onde ela brincou com alguns cabelos que haviam se soltado do penteado de Gattaz. - Vem, - ela insistiu, então virou a cabeça para beijar a mandíbula da sua esposa.

Caroline pareceu derreter se uma só vez com o toque carinhoso e ela voltou a andar. Rosamaria sorriu, mas começou a andar de costas para continuar olhando para a outra mulher. - Mas aonde quer me levar? - Ela perguntou, antes de deixar seus olhos vagarem pelo gramado. As duas conheciam bem os jardins de Saquarema, então ela sabia que não havia nada ali além de grama, alguns arbustos e algumas árvores escassas.

- Vem comigo que tu vai ver, - a mais nova insistiu mais uma vez. Sem que ela percebesse, seu dedo havia começado uma carícia na palma de Gattaz. Seu salto estava deixando ainda mais difícil caminhar na grama e ela se inclinou para desfazer o nó que mantinha ela presa aos seus pés.

- Rosamaria... - Gattaz comentou quando viu o que ela estava fazendo. Não que ela achasse que Rosa ia virar e sair correndo, muito menos pular no lago, mas ainda era um indicativo que elas estavam tão perto de parar de andar.

- Que foi, minha véia? - Rosa a provocou com uma risada. - Precisa que eu te leve no colo? Tá cansada?

Gattaz entrou na brincadeira, jogando os braços nos ombros de Rosamaria e soltando seu peso por um segundo como se ela fosse realmente fazer a oposta a carregar. - Tô sim, me leva.

A mulher mais baixa riu ainda mais enquanto chutava seus sapatos para longe, sem se importar muito em onde eles iriam parar. Dificilmente ela iria os usar novamente e elas podiam juntar quando estivessem voltando. Depois, ela pegou as mãos de Gattaz para tirar seus braços de onde eles estavam apoiados nos seus ombros e continuou a puxando para o seu destino final. - Vem, meu bem.

Drops of JupiterWhere stories live. Discover now