Lá em casa

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Postando mais um capítulo pra vocês.

A autora pede muitos comentários, muitos mesmo, porque ultimamente só tô movida a isso.

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Priscila fechou a porta atrás de si, já se abaixando para pegar Johnny no colo quando o cachorro pequeno veio correndo na sua direção, latindo e abanando o rabo como o fazia desde o dia que entrou na sua vida.

- Faz silêncio, amorzinho, - ela falou em tom calmo para tentar interromper o barulho incessante. - Vai acordar o Lu.

Como se aquelas palavras fossem mágicas, o cachorro trocou seus latidos animados por lambidas no rosto de Priscila, que não pôde deixar de sorrir. Enquanto ela ia caminhando pelo apartamento, tirando o sapato e largando sua bolsa em cima da mesa, a ponteira levou Johnny com ela, deixando ele fazer a festa no seu colo antes de colocá-lo em cima do sofá para ele correr em círculos e queimar o resto da sua energia súbita. Priscila passou por ele e foi em direção ao quarto caminhando com cuidado para não fazer muito barulho. A porta do quarto principal estava entreaberta da mesma forma como ela havia deixado cerca de uma hora antes quando ela acordou mais cedo que o normal para sair, então ela colocou a cabeça para dentro primeiro antes de empurrar a porta mais um pouco para deslizar para dentro.

Na cama, Léia estava deitada de barriga para baixo, um braço esticado para baixo e o outro dobrado para que sua mão estivesse descansando em cima da barriga de Lu, que estava espalhado pelo colchão como uma estrela, o que fez Priscila rir baixinho. Ela estava bem acostumada a perder seu espaço na cama para o menino e a receber alguns chutes quando a criança se mexia, mas a verdade era que Léia também era incrivelmente espaçosa apesar de ser menor que a loira. Elas já haviam falado mais de uma vez que fazer Lu se acostumar a dormir sozinho era a melhor ideia, mas uma delas - geralmente Priscila - sempre acabava cedendo quando ele chorava durante a noite.

Daroit passou reto pela cama apesar da vontade de voltar a deitar ao lado deles. Ela não ia conseguir dormir de novo e ela tinha medo de acordar um dos dois se mexesse no colchão. A ponteira parou no guarda-roupa de madeira antigo e pesado para pegar uma muda de roupa para se trocar, então foi até o banheiro. Ela havia saído cedo usando um vestido florido que chegava até seu tornozelo, sem alças e de saia rodada, além de deixar seus cabelos loiros caindo livremente pelos ombros. Para ficar em casa, no entanto, ela havia escolhido um short antigo de treino, de alguma temporada passada que havia ficado perdido entre suas coisas, e uma camiseta branca lisa. Depois de se trocar, ela voltou para colocar o vestido em um cabide, e só então saiu do quarto de novo, lançando um último olhar para mãe e filho dormindo na cama calmamente.

A loira foi até a sala onde ela pegou Johnny para levar ele passear na área verde na frente do prédio. Ela já aproveitou para levar sua carteira e ir até a padaria que ficava na esquina e que não reclamavam quando ela entrava com seu cachorro lá. Ela pediu pães e comprou um pedaço de bolo de cenoura com cobertura de chocolate, pagou, e voltou para o apartamento a passos pequenos. Ela não tinha planos para o resto do dia e seu único compromisso era levar Lu para a escolhinha depois do almoço e buscar ele no final da tarde, então não tinha motivos para correr.

Já dentro do apartamento, Daroit soltou o cachorro da coleira e deixou suas compras em cima da mesa para Léia e Lu tomarem café quando acordassem. Pri comeu um pedacinho do bolo e tomou uma xícara de chá. Ela não arriscava passar o café porque Léia gostava do seu café feito de um jeito específico e que era complicado demais para Daroit entender, mas ela lavou o filtro de pano e já deixou mais água esquentando para que Léia estivesse com tudo em mãos para passar seu café.

Era quase nove da manhã quando ela ouviu o som das vozes abafadas vindas do quarto. Johnny, que havia deitado no sofá depois da caminhada, ergueu a cabeça quando ouviu também e, como sempre fazia, correu até lá para dar bom dia para seu ser humano favorito. Priscila estava sentada na mesa mexendo no celular apesar de saber que ela tinha que colocar a roupa lavar e decidiu esperar ali mesmo. A paciência que Léia tinha logo cedo com um cachorro animado e uma criança hiperativa não se estendia para Daroit. Ela estava conversando com Rosamaria por mensagens, elogiando a atuação de sua amiga no jogo do dia anterior, o que fez a oposta perguntar porquê ela estava acordada tão cedo.

Drops of JupiterWhere stories live. Discover now