Capítulo Dez - Love, Max

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Robin e Nancy chegaram correndo na sala.

– O que aconteceu? – perguntou Nancy.

– Não sabemos – disse Steve, desesperado, enquanto eu tentava acordar Max.

– Max, vamos lá... Acorda – insisti.

Pulei para trás quando ela respirou fundo e acordou. Ela se levantou e começou a andar até um canto da escola.

– Eu vi algo aqui, um relógio, de parede, ecoando... – Ela parou de repente, quando demos de frente com uma parede vazia. – Eu não entendo. Estava ali. Bem ali – disse ela. 

– Um relógio de parede? – perguntou Nancy.

– Parecia muito real – insistiu Max. – Mas quando me aproximei, eu acordei. Parecia estar em um transe ou algo assim.

– Eddie disse que foi assim com a Chrissy – disse Dustin.

Max virou para trás, nos encarando.

– Essa nem foi a pior parte.

Ela voltou a andar para o escritório e parou atrás da mesa. Ficamos na frente dela, esperando sua explicação.

– Fred e Chrissy pediram ajuda a Srta. Kelley. Ambos sentiam dor de cabeça, enxaquecas pesadas, que não passavam.

– Depois pesadelos, insônia – continuei.

– Acordavam suando frio – continuou Max. – E ai passaram a ver coisas. Coisas ruins. Do passado deles. E essas visões ficavam cada vez piores até que uma hora... Tudo terminou. 

– Acordavam suando frio – continuou Max. – E ai passaram a ver coisas. Coisas ruins. Do passado deles. E essas visões ficavam cada vez piores até que uma hora... Tudo terminou.

– A maldição do Vecna – disse Robin.

– A enxaqueca de Chrissy começou há uma semana. A do Fred há seis dias. Já estou sentindo há cinco dias. Não sei quanto tempo eu tenho. Só sei que Fred e Chrissy morreram menos de vinte e quatro horas depois da primeira visão. E eu acabei de ver aquele maldito relógio, então... – completou ela, chorando.

– Mas a Mads também teve esses sintomas – disse Steve, preocupado.

– É diferente. Eu tenho esses sintomas desde a morte de... – Olhei para Max, que me encarou. Nunca tínhamos falado sobre aquilo uma na frente da outra. Pude sentir a raiva em seu olhar. – Os meus sintomas são do estresse pós traumático, minhas enxaquecas, insônias, visões... Não são com o Vecna. São com o Billy. – Não consegui a encarar ao falar o nome dele. – Além do mais, eu nunca me consultei com a Srta. Kelley. Eu não sou uma potencial vitima. Precisamos nos preocupar com Max agora. 

Steve veio até meu lado e passou o braço em volta do meu ombro, claramente aliviado.

– Parece que eu vou morrer amanhã – completou Max e um barulho ecoou do lado de fora.

Viramos todos em direção a porta.

– Fiquem aqui – disse Steve, andando em direção ao barulho.

Antes de sair, ele pegou um abajur e levou com ele, para usar como arma. Obviamente ninguém o obedeceu, e fomos atrás, andando lentamente. Outro barulho, dessa vez mais alto, ecoou. Steve segurou o abajur com força e atacou a figura que apareceu a sua frente. Todos gritamos e Lucas colocou as mãos para frente.

– Sou eu, sou eu – gritou ele, para que Steve parasse.

– Lucas? – perguntou Nancy.

– Sou eu! – repetiu ele.

My queen of HellfireOnde histórias criam vida. Descubra agora