Capítulo Seis - A maldição do Vecna

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Quando Steve estacionou o carro na calçada, já havia escurecido. Andamos até a entrada da casa com lanternas na mão e Dustin apertou a campainha.

Sem resposta.

– Bem, então eu acho que é isso. Ele não está aqui – lamentou Steve.

Olhei para ele balançando a cabeça.

– Às vezes eu me pergunto como nós nascemos da mesma mãe.

Ele me olhou ofendido e surpreso.

Dustin apertou de novo, e de novo e de novo, até que cansou e começou a bater na porta.

– Eddie, é o Dustin. – Steve revirou os olhos pelo barulho alto. – Nós só queremos conversar, ok?

Obviamente Eddie não iria atender a porta nos convidando para entrar e tomar um chá. Revirei os olhos e segui com Max e com Robin, olhando pelas janelas.

– Eddie! – Dustin continuou batendo na porta, como se alguém realmente viesse atender. – Rick! Rick Noia!

– Não grite isso – censurou Steve.

– Rick – insistiu Dustin.

– Ele não está aqui.

– Rick Noia! – Dustin não deu ouvidos a Steve. – Ele pode só estar muito chapado.

– Aquilo é um pé? – A conversa dos dois estava me dando dor de cabeça enquanto eu tentava achar alguma coisa relevante.

– Não, é um sapato.

Eu parei de prestar atenção nos dois quando vi algo que me chamou atenção.

– Galera – gritei, fazendo todos pararem o que estavam fazendo e andarem até mim.

Apontei com a lanterna para uma pequena garagem de barco no fundo da casa, onde a luz da entrada estava acesa.

– Você acha que ele pode estar lá? – perguntou Steve.

– Só tem um jeito de descobrir.

Guiei o caminho até lá, cuidando para não pisar em nada que fizesse barulho ou chamasse atenção, mas não tinha porque, já que Steve e Dustin não calavam a boca.

– Eu só estou dizendo que foi um pouco rude gritar daquele jeito – disse Steve.

– O que mais que eu deveria gritar?

– Não sei, talvez o nome de verdade dele. Além do mais, do que adiantaria gritar?

Virei subitamente para trás, já sem paciência.

– Vocês dois querem calar a boca? Eu estou ficando com vertigem.

Voltei a olhar para frente, em direção a pequena janela. Coloquei a lanterna ao lado do meu rosto e forcei a visão para dentro da cabana.

– Está vendo algo? – sussurrou Dustin ao meu lado.

Quis socar sua cara, do que adiantava sussurrar agora?

– Não, vamos ter que entrar.

Robin guiou a frente, andando suavemente até a entrada e abrindo devagar a porta de madeira.

– Olá? – disse ela ao entrar. – Tem alguém em casa?

Max e eu entramos depois, seguidas por Steve e por Dustin.

– Que chiqueiro – reclamou Steve.

Andamos por todo o lugar, analisando tudo que estava lá, todos os equipamentos náuticos, as ferramentas, absolutamente tudo. No meio da garagem, no lugar de um carro, havia um barco coberto com uma lona.

My queen of HellfireOnde histórias criam vida. Descubra agora