CARTAS AO DESTINO | "Encontre-me se puder, Harry"
Harry está preso na casa dos Dursley durante o verão após seu encontro terrível com Voldemort no cemitério. Sem nenhuma informação do que está acontecendo em seu mundo e sendo atormentado constanteme...
Isso msm, Lily Saints retorna com um novo capítulo dessa história, exatamente no dia prometido!
Eu já expliquei meus motivos sobre a demora, então não vou continuar me debruçando nisso.
Não sei se vcs chegaram a rever o caps anteriores para verem a mudança estética q eu fiz nessa fic, mas eu aconselho vcs a pelos menos verem a introdução pois eu mudei algumas coisas lá que podem ser do interesse de vcs!
Sem mais delongas, aproveitem esse cap!
TW: DISSOCIAÇÃO, SANGUE, CRISE DE ANSIEDADE
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Segunda-feira, 04/09/1995
O silêncio que recaiu sobre a sala era mortal. O único som a ser ouvido era a respiração pesada de Noir, que encarava o pergaminho manchado de vermelho a sua frente com a fúria de um dragão.
Do outro lado da mesa, Umbriged também parecia lutar para manter todas as suas emoções fora das linhas de expressão de seu rosto velho, mas nada poderia disfarçar a raiva que queimava nas retinas cor de lama daquela mulher.
E Harry, que estava sentado perto de ambas as figuras que protagonizavam uma batalha de raiva silenciosa, só podia observar apreensivo enquanto esperava a bomba proverbial de raiva gelada explodir bem ali. E falando em gelado, desde quando aquela sala era tão fria?
O grifinório sentiu a ponta de seus dedos congelarem ao mesmo que um vento frio, que vinha aparentemente de lugar nenhum pois todas as janelas estavam fechadas e o fogo estava aceso, adentrava suas vestes escolares e fazia todos os pelos de seu corpo arrepiarem. O moreno tinha certeza de que, caso suspirasse, seria possível ver o vapor branco saindo de seus lábios com a intensidade do ar gélido. Enquanto esfregava seus braços para gerar calor dentro de suas vestes, Harry acompanhou com seus olhos esmeralda o momento em que Noir deixou de encarar a pena partida e a bagunça de tinta vermelha para erguer lentamente os olhos para a Professora de Defesa.
E por alguns instantes, talvez um truque da luz ou de magia, Harry podia jurar por tudo que conhecia que viu os olhos castanhos piscarem em um tom intenso de roxo antes de se tornarem castanhos novamente.
- Sr. Noir... - Umbriged foi a primeira a quebrar o silêncio tenso, sua voz mesmo tentando trazer aquele som adocicado e infantil, tinha um tom de féu que quebrava qualquer tentativa de fazê-la parecer amigável
- Não ouse! - o rapaz a interrompeu abruptamente enquanto se levantava - Não ouse dirigir suas palavras reprovadoras a mim sua bruxinha medíocre e patética como se tivesse algum tipo de autoridade!
As palavras de Noir estavam cobertas por um veneno tão ácido que, mesmo que não tivessem sido dirigidas a si, Harry acabou se encolhendo em seu lugar. E claro, foi difícil não perceber a vacilada da mais velha, que mesmo assim levantou para enfrentar o rapaz.
