CARTAS AO DESTINO | "Encontre-me se puder, Harry"
Harry está preso na casa dos Dursley durante o verão após seu encontro terrível com Voldemort no cemitério. Sem nenhuma informação do que está acontecendo em seu mundo e sendo atormentado constanteme...
Primeiro bônus da nova fase, mostrando o que aconteceu depois que Sebastian deixou o escritório de Umbriged. Ou pelo menos um trecho disso.
Eu não sei se tem alguma coisa aqui que pode ser classificada com TW, então não coloquei nd como aviso, mas não é um cap "leve"
Para evitar confusão na hr de ler:
NEGRITO E ITÁLICO - Asrael falando
NEGRITO - Sebastian com dupla voz
ITÁLICO - Espíritos
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Sebastian podia sentir o frio se instalando lentamente em seus ossos enquanto seu controle sobre si mesmo oscilava conforme ele irrompeu para fora do escritório pomposo. Suas unhas novamente estavam cravadas em suas palmas com tanto afinco que podia senti-las rompendo lentamente sua carne.
Acalme-se. A voz de Asrael soou preocupada e muito mais próxima da realidade do que deveria.
– Não... – o rapaz grunhiu, sua voz com um eco sombrio de uma segunda voz – Me diga o que fazer...
Você está perdendo o controle.
– Obrigado por apontar a porra do óbvio! – Sebastian tentou reprimir a segunda voz que subia pelas suas cordas vocais, mas havia pouco que ele podia fazer com um controle tão pobre de si mesmo
Você sabe o que vai acontecer se não recuperar o controle, o demônio disse de forma desinteressada, embora houvesse uma preocupação estampada no fundo de seus olhos vermelhos.
– Eu sei! – o menino esbravejou se apoiando na parede mais próxima enquanto sentia seu couro cabeludo coçar e seus olhos arderem conforme seu controle sobre seu glamour se esvaía, junto com o controle sobre sua magia – Eu sei, porra!
Então respire, antes que você acabe matando todos no castelo. Incluindo seu namoradinho.
Com um rosnado sobrenatural, Sebastian deixou seu glamour cair enquanto lutava para tornar sua respiração mais uniforme e controlada, mas não importa o quanto tentasse se acalmar, a imagem de Umbriged entendendo a ele e Harry uma pena de sangue fazia o líquido carmim em suas veias ferver. O sorriso sádico mal disfarçado com doçura piscou atrás de suas pálpebras fechadas e isso fez com que o rapaz de cabelos negros afundasse ainda mais suas unhas em sua carne.
Memórias que não eram suas, mas que em algum momento se tornaram parte de si brilharam em seu hipocampo, trazendo consigo a imagem de uma mulher de cabelos ruivos e olhos azuis tóxicos que segurava uma pena longa e preta, com a ponta afiada. Não havia brilho em qualquer lugar de seu rosto, sua magia tão escura e pegajosa que parecia grudar em seus poros. A expressão severa da mulher fora o suficiente para encolhê-lo até a submissão, suas mãos – pequenas demais pare serem suas – tremendo enquanto se rendia e começava a escrever "crianças malcriadas merecem punição".
