Letters To Fate - Harry Potter

17 - Glamour Caído

Olá, olá meus corvinhos! Estão ansiosos pra esse cap??

Finalmente esses meninos vão se encontrar e vão ter mto oq falar! +/- uns 4k e 800 de conversa e interações.

Tem momentos fofos, momentos tensos, momentos tristes, tudo que um primeiro encontro tem direito a ter.

Espero q gostem ^^



Os olhos de Harry se arregalaram levemente ao ver o rapaz a sua frente, próximo o bastante para que com um movimento brusco eles pudessem acabar se beijando. O pensamento fez com que um calor começasse a subir pelo pescoço do moreno, que desviou os olhos para o final do corredor.

– Desculpe – Noir disse se afastando ao perceber a nítida inquietação do grifinório a sua frente, removendo suas mãos do rosto alheio (mesmo que seu desejo fosse se acomodar ainda mais perto) e colocando-as no bolso de seu uniforme.

– Tudo bem – Harry tossiu tentando mandar embora o constrangimento que agarrou teimosamente suas bochechas, mantendo-as rosadas – Obrigado por me ajudar.

O moreno de cabelos cacheados voltou seu olhar para o corvino se permitindo avaliar o estado do outro garoto agora que estavam em uma distância segura. O menino tinha sua testa franzida e olheiras fundas em seu rosto, com linhas de cansaço marcando algumas de suas feições e a exaustão gritando em cada uma das linhas de seus músculos.

– Não precisa agradecer – Izar negou com a cabeça lentamente, com receio de que o movimento brusco fizesse sua cabeça girar ainda mais – Pense nisso como uma compensação por ter sumido e deixado você sozinho para lidar com a velha louca.

– Bem que você estava me devendo mesmo – Harry brincou ao perceber que o outro garoto realmente parecia mal por ter sumido – Mas tá tudo bem, contanto que você esteja bem. Você parecia um pouco... alterado na última vez que nos vimos.

– Por favor – o garoto de cabelos castanhos zombou – Alterado é um eufemismo. Eu estava puto pra caralho.

Os olhos verdes de Harry se arregalaram com o palavreado inesperado.

– Aquela vadia desgraçada teve a coragem de me oferecer a porra de uma pena maldita como punição – a expressão cansada de Noir se transformou em uma carranca zombeteira e cheia de ódio – Eu devia ter amaldiçoado a megera por isso.

Harry apenas ficou parado com as costas apoiadas na parede enquanto piscava como uma coruja na direção do corvino. Ele estava acostumado com xingamentos, claro, sendo ele próprio e Gina as duas pessoas mais boca-suja que conhecia depois de Sirius e, chocantemente, Remus. No entanto era esquisito ver alguém como Izar Noir, que pelo pouco que interagiram sempre pareceu ser educado, xingando como um marinheiro. Contudo, não era apenas isso que lhe chamou a atenção na fala do outro garoto.

– Pena maldita? – a testa de Harry se franziu em confusão e desconfiança, seus olhos caindo para o corte ainda sangrando em sua mão.

– Sim, aquilo era uma Pena de Sangue – as palavras foram cuspidas com tanto veneno quanto as palavras ditas para Umbriged na segunda-feira – Normalmente é usada só para transações oficiais no Ministério ou em Gringotes, mas ainda existem algumas bruxas que encontram nessa pena um bom objeto de tortura e submissão.

– E o que isso faz? – o grifinório perguntou nervosamente, sua mão ferida se apertando em punho enquanto fazia questão de escondê-la entre suas vestes.

– No melhor dos casos? Abre uma ferida amaldiçoada que vai te acompanhar pro resto da vida – Izar explicou seriamente, fixando seus olhos castanhos nos verde-esmeralda de Harry – No pior? Você virá escravo das palavras que escreveu.