CARTAS AO DESTINO | "Encontre-me se puder, Harry"
Harry está preso na casa dos Dursley durante o verão após seu encontro terrível com Voldemort no cemitério. Sem nenhuma informação do que está acontecendo em seu mundo e sendo atormentado constanteme...
Talvez com um pouco de atraso pq eu acabei esquecendo de editar o banner, mas o importante é q tá aqui Ksksksks
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A semana se passou e, como Harry previu, após o evento do nariz quebrado de Duda, o moreno foi trancado em seu quarto durante esses sete dias sem ver ao menos um único copo d’água.
Contudo, para sua sorte, a fome era a última de suas preocupações, já que após contar as peculiaridades sobre seus parentes para Sebastian – com quem ele vinha trocando carta frequentemente nos últimos dias – este se certificou de sempre mandar três caixas por dias através de Corvus, seu corvo aparentemente mágico, contento as três refeições diárias. Além, é claro, das trufas do paraíso nas quais o adolescente de olhos verdes se viu levemente viciado.
Conversar com o rapaz estava sendo uma experiência incrível, cheia de perguntas, aprendizados, piadas bobas e humores levemente duvidoso. Sem contar nas informações que o Black passou a compartilhar sobre o mundo magico que finalmente permitiu ao coração de Harry um descanso de toda a angústia e paranoia que a falta de notícias relevantes trouxe. O rapaz de olhos verdes poderia dizer que aquele peso nas costas e na consciência de ter que cuidar de todos se levantou um pouco, permitindo-o agir com um pouco de indulgência infantil e aproveitar seus livros e outras coisas fúteis com tranquilidade.
O moreno nunca achou que leria tanto, mas conhecer Sebastian o fez quebrar esse pensamento. Seu amigo de cartas era um poço de conhecimento e para não ser deixado para trás nas conversas inteligentes que tinham, ele se permitiu arrombar algumas fechaduras da porta de seu quarto e fugir sorrateiramente para a biblioteca que tinha sido reaberta com o fim da manutenção das estantes. Sendo um atual proprietário de um cartão do local, o quarto de Harry havia se tornado uma bagunça organizada de milhares de livros nos quais ele tinha orgulho de dizer que já tinha lido e estava apenas esperando a oportunidade para devolver.
Uma das outras coisas que Sebastian fez por ele naquela semana foi lhe ensinar a meditar – como uma lição introdutória para o que ele chamou de oclumência – e presentear o adolescente de olhos verdes com um colar de esmeralda, que tinha uma runa celta de proteção esculpida, no qual o Black jurou ser capaz de espantar seus pesadelos. Harry ainda sorria de lado sempre que se lembrava das palavras polidas e gentis de quando recebeu o colar.
“Espero que não ache precipitado ou coisa do tipo, mas desde que me contou sobre seus pesadelos infernais que lhe tiravam o sono todas as noites, não pude evitar me preocupar. Então pedi a meu pai – que é um excelente artesão de amuletos mágicos – para lhe fazer algo para te ajudar a dormir melhor. Não aceito devoluções, Harry, então nem ouse me mandar de volta. Considere um presente de aniversário adiantado”
Como alguém podia ser tão suave e ao mesmo tempo ameaçador, era um mistério para o rapaz de olhos verdes, mas mesmo assim ele não ousou enviar de volta. Principalmente depois de ver o pêndulo de esmeralda perfeitamente esculpido com pequenas runas de proteção em cada face. O moreno nunca poderia se desfazer de algo tão bonito, tanto de aparência, quanto no gesto.
