Jamais em toda a minha existência me senti tão indefesa e vulnerável num abraço. Não lhe contei que meu corpo fervilhava dos pés ao pescoço...
Sentia somente o rosto molhado, a boca seca e os olhos frios.
Pensei em lhe ser de tudo sincera, e o fiz. Posso ter segurança em dizer-te que teus olhos são os únicos dos quais não sinto medo de abrir a alma. Só tenho medo do depois.
Tenho medo que seja uma paisagem caótica demais.
Você pôde sentir minhas mãos esquecendo o calor? As árvores e os céus foram perdendo suas cores... Senti cada osso se partindo, cada músculo se fragilizando.
Por fim, te senti em maio.
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Daqui de Dentro.
PoetryTodas as citações/poemas trágicos e mágicos em ordem cronológica que vim-ei-de escrever durante a vida. Se me conheces em vida, peço com gentileza que não venha a se usufruir desta leitura.