28 - It always leads to you in my hometown

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 ​'Tis the damn season, write this down

I'm stayin' at my parents' house

And the road not taken looks real good now

And it always leads to you and my hometown 

   A família Winchester passeava pelo parque do Kansas, afim de fazer um piquenique ali. Estavam todos felizes e Jack corria com Gabriel e Sam para ver quem chegava primeiro ao parque, já Dean andava lado a lado com a mãe e ela parecia estar prestes a dizer alguma coisa. A coisa que ela queria dizer há alguns dias por ter notado que seu filho mais velho estava triste. Acho que isso é coisa de mãe, né?

    — Você está bem? — John olhou para o filho enquanto andava ao lado de Mary, esperando por ouvir a resposta da pergunta. Ambos encaravam ele que apenas deu de ombros.

    — Estou. A mecânica vai bem, Jack tira boas notas e eu vou ser titio. Estou bem. — Sorriu falso, sabendo que não era essa a pergunta.

    —  Você sabe que não foi isso que eu quis dizer... Responde, você está bem? — Eles pararam em frente a um banco e se sentaram. John seguiu o caminho indo atrás do filho mais novo e do neto que subiam em cima de uma árvore.

    — Mãe... Sério? Você sabe que é complicado. 

    — O quão complicado é, Dean? Eu quero entender pois você está aqui não faz uma semana e eu já reparei que você está triste por algum motivo. Tem haver com o Castiel? — Dean ficou surpreso por ela saber... Jack e Sam eram muito fofoqueiros. Mesmo.

    — Tudo sempre tem haver com o Castiel, a minha vida toda girou em torno dele e sempre que eu volto pra essa cidade eu me lembro de tudo que eu perdi. — Suspirou, olhando com sinceridade para a mãe. — Eu perdi ele de novo, eu sempre perco! E eu não sei como recuperar pois ele está tão longe e eu daria tudo pra ter ele aqui agora. Sempre foi o Castiel, mãe. 

    — Estou um pouco surpresa? Não. Eu já sabia disso desde quando vocês matavam aula pra comprar gibi's na videoteca. — Dean gargalhou com Mary em lembranças, olhando para Jack feliz correndo atrás de Gabe. — Por que vocês não se falaram mais?

    — É uma ótima pergunta... Ele quis manter distância depois que eu o confrontei sobre o Gabriel e ele serem irmãos, disse algumas coisas injustas para ele e só fui descobrir depois que eu tinha sido um babaca.  

    — Não é tarde, Dean. Você ainda pode recuperar ele.

    —  É, eu só não sei como.

    —  Vai achar um jeito, você sempre foi o mais esperto.

***

    Um carro fora estacionado em frente ao colégio aonde Dean costumava estudar, ele parou em frente observando a pequena igreja velha e acabada que era ao lado. Pensou algumas vezes em entrar ali e ver como era por dentro a fim de ver o lugar que Castiel tanto frequentou na infância. Hesitou, entrando na escola. Ele caminhou pelo quadra de esportes da qual ele costumava fazer parte do time, caminhou também pelas salas de aulas curioso por ver o lugar em bom estado e da mesma forma que era de quando ele finalizou os estudos ali. Ele apenas sorriu quando entrou na biblioteca, imaginando ele e Castiel sentados em uma das mesas conversando baixinho sobre o livro que acabaram de ler. Era uma boa memória, afinal. 

     Ao deixar o local, viu um carro diferente estacionado em frente a igreja e ficou curioso pela placa ser da cidade de Compton. Dean parou pra pensar e resolveu ir a igreja, abrindo a porta que estava um pouco enferrujada por conta do tempo em que o lugar estava abandonado. Ao adentrar, as cadeiras pareciam podres e cobertas de poeira, as soleiras e os vidraçais quebrados e apenas tinha uma cruz no altar. Suspirou um pouco alto de mais, assustando a pessoa que estava ali ajoelhada no primeiro banco em frente ao altar. O grito ecoou pela igreja e Dean reconheceu de pronto a voz, revirando os olhos.

    — O que é isso, irônia do destino? — Disse enquanto a pessoa se ajeitava, tirando a poeira dos joelhos.

    — Olá, Dean. Só você pode visitar a velha Lawrence? — Se aproximou da vista dos olhos verdes de Dean, com um pequeno sorriso nos lábios. — Surpreso em me ver por aqui?

    —  Não... — Dean sorriu largamente puxando para um abraço apertado. Durou uns longos minutos em que ficaram abraçados ali apenas suas respirações abafadas eram escutadas. 

    — Deus está nos julgando e pensando se iremos descer de tôboga ou escorrega. — Dean gargalhou parando para encarar os grandes olhos que fitavam ele de cima a baixo. 

    — Olha que interessante, porquê, eu estive pensando nisso e talvez eu queira descer de escorrega!  — Ambos gargalharam alto. 

    — Me perdoa, Dean.  Eu fui um idiota, deveria ter respondido as suas mensagens mas não sabia se devia fazer isso até porquê não temos nada e eu....

    — Ok, você fala demais, já te falaram isso? — O abraçou de novo, depositando um beijo no seus cabelos que estavam grandes e necessitados de um corte. — Eu estou feliz em te ver, Castiel. 

    — Eu também estou feliz em ver você, qual a probabilidade disso acontecer na vida real? 

    — Pouca, mas até eu estou chocado.

    —  Estamos bem?

     Dean pensou um pouco para responder, fazendo uma careta logo depois e sorrindo largo para Castiel, assentindo com a cabeça. Eles se beijaram logo depois, um beijo necessário e necessitado de contato. Ali mesmo, dentro da igreja, onde Castiel jurou que não iria ser um pecador. Só que nada disso passava na mente deles, apenas a vontade de querer estar um com o outro por fim.  Não oficializaram nada ali, apenas ficaram juntos, tal como deveria ter sido a anos atrás, não havia segredos e tudo que tinha pra explicar resolveram deixar no tempo deles. A sensação era de pura liberdade. Finalmente estavam livres.

𝒕𝒉𝒆 𝒈𝒐𝒐𝒅 𝒐𝒍𝒅 𝒘𝒂𝒓 - Destiel AUOnde histórias criam vida. Descubra agora