Capítulo 8 - Eu prometo

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Meu Deus, quase que eu não consigo trazer esse capítulo pra vocês, estava com a ideia na cabeça mas não conseguia formular as palavras pra escrever... No fim deu tudo certo, espero que gostem 

Um abraço e boa leitura.

Lena Luthor •
Point of view

— Com licença, Srta. Luthor. — Jess apareceu na porta. — Tem uma reunião em quinze minutos.

— Obrigada, Jess! — abro um meio sorriso. — Poderia por favor ligar no setor financeiro e marcar uma reunião para às dez?

— Certo! — ela anota na agenda e volta o olhar para mim. — Não se esqueça da reunião com os investidores as duas horas, será realizada no hipódromo, no centro. — faço uma careta enquanto esfrego minhas têmporas devagar.

— Ah meu Deus! — reclamo. — Não tem como cancelar isso? — ela nega com a cabeça.

— Sinto muito Srta. Luthor, mas não será possível cancelar. Foi a Srta mesmo quem concordou com uma reunião fora da empresa como uma tentativa de acalmar os investidores depois do prejuízo. Eles escolheram o local e você concordou.

— Não vejo a hora de resolver logo isso. Um abraço dela cairia muito bem agora. — falei baixinho e a mulher franziu a testa.

— Desculpa, o que foi que disse?

Olho em sua direção e nego com a cabeça. — Nada Jess, obrigada! você pode ir! — levantei da cadeira e peguei as pastas da próxima reunião. — E Jess, não estou para ninguém hoje, tudo bem?

— Claro! Anoto as informações importantes e depois passo pra Srta. — concordo com a cabeça. — saímos juntas pela porta, parei perto do elevador e fiquei esperando. Escutei Jess atender o telefone que estava tocando na sua mesa e ela disse o que eu havia pedido minutos atrás de que não receberia ninguém hoje, percebi ela reforçar a informação e virei em sua direção.

— É importante? — ela nega com a cabeça e coloca o telefone no gancho.

— Uma mulher alegando te conhecer e que insistia em falar com a Srta. — ela me encara com o semblante sério. — Tom já resolveu, não era nada importante!

— levanto uma das sobrancelhas. — Deixou recado? — continuava olhando, esperando uma resposta, porém ela não disse nada. — Ligue na recepção e verifique, depois me informe. — ela concorda com a cabeça e eu entro no elevador a caminho de mais uma, de muitas reuniões que eu teria naquele dia.

Já haviam se passado três dias desde a última vez que falei com Kara, ela não atendia minhas ligações e nem respondia minhas mensagens. A última vez que falei com ela foi por mensagem e ela dizia que estava voltando para casa depois do seu treino, para esclarecer as coisas com Elisa. Estava disposta a ouvi-la de coração e mente aberta, só espero que ela tenha o feito e que tudo o que tinha que ser dito, tenha sido dito e que Kara tenha sido forte para suportar mais uma notícia difícil e agora, uma mentira sustentada por anos.
Apesar de saber que é difícil e que a verdade pode ferir quase na maioria das vezes, eu fico mais tranquila em saber que Kara tenha consciência de toda a verdade agora, ela tinha esse direito, sei também que não vai ser um caminho fácil, tudo o que aconteceu e como aconteceu, certamente machucou ela um pouco mais. Imaginar, já deixa meu coração apertado e uma vontade gigante de estar por perto, dando apoio e força pra que ela siga em frente.

Mas infelizmente nada saiu como eu planejei, quando cheguei a National city me deparei com uma empresa nada parecida com a que deixei, um descuido na produção me rendeu um prejuízo de milhões de dólares, um problema no processo de pasteurização levou um recall de milhares de produtos, me causando também problemas na distribuição, como atrasos nas entregas porque a empresa não vai ser capaz de atender todos os clientes imediatamente. Desde que voltei estou entrando e saindo de reuniões, conversando com todos os clientes, solicitando um prazo maior para as entregas e buscando uma solução para cumprir com todos os contratos pendentes. Solicitei treinamentos e uma vistoria completa do setor de produção pra que isso não ocorra novamente. Mas a tarde teria mais reuniões, uma delas com o setor financeiro para buscarmos estratégias viáveis para diminuir o prejuízo e possíveis investimentos que nos desse a possibilidade de cumprir os contratos com os clientes sem que nos prejudique a longo prazo. No hipódromo teria mais uma reunião, tentar acalmar os investidores e informá-los sobre as soluções encontradas e os possíveis investimentos futuros para minimizar os impactos financeiros. Depois, assistiremos um campeonato amador de steeplechase, onde eles apostavam seus dinheiros nisso.

Say you won't let goOnde histórias criam vida. Descubra agora