Capítulo 13 - Minha pessoa favorita

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Kara Danvers •
Point of view

Depois de terminar minha conversa com Sam e desligar o telefone, eu subi para o quarto e com bastante dificuldade troquei de roupa, estava agora sentindo um pontada no ombro devido ao esforço na hora de colocar a blusa, mas isso não me pararia, precisava esclarecer as coisas, conversar com Lena e tentar entender como ela estava se sentindo com relação a tudo. Eu estava tão feliz com o reencontro e com a possibilidade de reaproximação que não me dei conta de como isso poderia ser difícil para ela, em um momento eu estava morta e no outro eu estava viva, bem diante de seus olhos. Eu vi surpresa nos olhos dela, mas também vi alívio, alegria e posso jurar que ela me olhou com o mesmo amor que me olhava quando éramos crianças, e agora eu só preciso que ela perceba e acredite que eu não vou a lugar algum, não vou deixa-la sozinha, nunca mais.

Meu telefone tocou e eu atendi com tanta pressa que nem me dei ao trabalho de olhar quem era no visor, queria muito que fosse Lena mas ao escutar a voz de Clark, não pude esconder meu desapontamento.

— Esperando que fosse outra pessoa?

— Talvez!

— Problemas no paraíso?

— O que foi Clark? Tem notícias de Krypto? — o questionei, mudando de assunto.

— Na verdade estou ligando justamente pra isso, preciso que venha até aqui, o assunto é sério.

— O que aconteceu? — perguntei seriamente.

— Só venha, não vou dizer ao telefone. Rua Miller, 445 — Westiville. — ele desligou em seguida, apertei o telefone na mão e respirei fundo.

— Droga, Clark!

Peguei minhas coisas sob a poltrona e as chaves na mesa e sai correndo, passei direto pela portaria e assim que cheguei na rua, fiz sinal para um táxi e entrei, indo direto para o endereço informado por Clark.

A cidade estava movimentada naquela manhã, muitos carros na rua, buzinas sendo acionadas a cada dois minutos, muitas pessoas caminhando apressadas pela calçada, provavelmente para suas velhas rotinas diárias. O sol, que já havia aparecido, brilhava forte no céu, refletindo sua luz nos prédios e nas superfícies dos carros, o calor era suportável, mas não tão fresco como Midvale.

Depois de quase quarenta minutos de viagem, chegamos ao meu destino. Paguei o motorista e sai do carro correndo e indo em direção a clínica onde Krypto estava desde o dia da competição. A recepcionista me explicou o caminho e depois de andar por muitos corredores, me deparei com Clark examinando Krypto.

— Pronto, estou aqui! O que aconteceu? — parei ao lado do meu cavalo e acariciei seu pescoço. — Oi, amigão!

— Kara, antes de te chamar aqui e te dar um veredito, quero que saiba que investiguei tudo o que tinha ao meu alcance, exames clínicos, segundas opiniões e várias radiografias, mas todas elas me levaram a um único resultado.

— O que foi Clark? Você está me deixando nervosa aqui.

— Krypto está com Osteoartrite. Eu sinto muito Kara.

Passei a mão pelo rosto e logo em seguida pelos cabelos. — qual o grau de gravidade? — perguntei com os olhos marejados.

— Moderado! — ele disse firme. — Vou precisar ajustar a dieta, fazer uma suplementação nutricional e você precisa realizar exercícios físicos regulares com ele, porém nada de excessos. Vou precrever anti inflamatório e analgésico para aliviar a dor e a inflamação. E também estarei por perto para fazer um acompanhamento regular e monitorar o grau de evolução da doença e se for nescessário irei adaptando o tratamento. De inicio, é o que podemos fazer.

Say you won't let goOnde histórias criam vida. Descubra agora