Say you won't let go

Capítulo 12 - Medo

bom dia!
demorei, mas cheguei!
abraços e boa leitura.

Kara Danvers •
Point of view

Eu estava mantendo Lena bem próxima a mim, ainda encostada na porta e isso já fazia alguns minutos, ela tinha os olhos fechados e a respiração meio irregular, ela deu um passo para trás antes de sussurrar.

— Eu não estou resistindo... só

— Não minta pra mim, Lee.

— Não estou mentindo pra você! — seu tom de voz foi firme. — Estamos indo bem até agora, estamos conversando, deixando as coisas acontecerem naturalmente. — ela levanta o olhar até o meu. — Estamos bem!

— Então porque parece que você está resistente, com medo e sempre fugindo? — perguntei sustentando meu olhar sobre o dela.

— O que está falando, Kara? Não estou fugindo, estou bem aqui.

— Se é assim... — dou um passo pra frente me aproximando dela, rodeio meu braço sobre sua cintura e puxo ela pra mais perto até encostar seu corpo com o meu, deixo um beijo rápido no ombro dela. — Fica aqui comigo?

— Kaah...

— Não precisamos fazer nada. Sei que a gente combinou de ir devagar com tudo, Lee. Só estou pedindo pra você ficar aqui comigo hoje. — inclino meu corpo para trás o suficiente para conseguir olhar nos olhos dela. — E também não é como se a gente nunca tivesse feito isso antes. — Ela arqueia uma sobrancelha.

— É diferente Kah, sabe disso!

— Não precisa ser! Não hoje! — insisto, ela respira fundo, fechando os olhos com um pouco de força e eu sabia que tinha a convencido.

— Tudo bem, eu fico com você essa noite.

Depois de comemorar minha pequena vitória, Lena praticamente me intimou a ir descansar e como eu já estava cansada mesmo, acabei indo sem reclamar. Ela tirou o robe que vestia e colocou sobre a poltrona que tinha em frente a janela, eu não fazia ideia mas por baixo daquele robe ela vestia uma camisola curta de renda toda preta. Foi a minha vez de paralisar e é como se o tempo tivesse ficado em câmera lenta, ela virou de frente pra cama e veio caminhando e em um movimento que pareceu devagar demais, soltou o coque do cabelo, quando ela sentou na beirada da cama o cheiro perfumado dos cabelos dela, agora soltos me despertaram do transe, eu estava ali parada na cama, com a respiração alterada, boca aberta e um desejo enorme de sentir ela nos meus braços. Deixei minha cabeça cair sobre a cabeceira da cama e fechei os olhos, buscando controlar a respiração.

— Um dia ela ainda vai me matar! Pensei, porém não havia percebido que ao mesmo tempo eu tinha externado esse pensamento.

Ela ri.

— Quem vai te matar? — ela pergunta debochada, como se não tivesse compreendido o que eu havia dito. Se enfiava de baixo das cobertas e ia se aconchegando mais pra perto de mim, rodeou o braço pela minha barriga e descansou a mão sobre a lateral da minha costela e em seguida deitou sua cabeça sobre meu peito, bem próximo do meu coração, é a segunda vez que vejo ela fazer isso, no dia em que nos reencontramos ela ficou longos minutos ouvindo meu coração bater. — Seu coração está acelerado!

Droga!

Respiro fundo, me ajeito bem devagar na cama e passo minha mão pela suas costas bem de leve até parar sobre sua cintura, sussurro pra ela.

— Realmente não é a mesma coisa.

Ela novamente ri.

— Eu te avisei, agora aguente!