capítulo 11.

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Madelaine Petsch pov.

Eu juro que já estava quase me arrependendo de ter vindo aqui.

Eu não sei, olhar para Vanessa e lembrar do ocorrido, era tão estranho.

– Vamos falar sobre vidas amorosas. – Camila se joga na sua própria cama.

– Ah, não. – Verônica arqueia a cabeça para trás. – Isso não.

Camila lança um breve e rápido olhar para Verônica, como se ele dissesse algo.

No entanto, a mesma parece captar o recado dela.

– Ah, vamos. Não tem nada para fazer. – Se rende.

– Meu namorado me traiu. – Começo, direcionando o meu olhar para Vanessa, que desvia o seu.

– O menino que eu estava gostando me deu um toco. – Verônica abre um sorriso falso.

– O meu namorado vai morar longe e eu ainda não me acostumei com essa ideia, já que o amo. – Lili dá um sorriso sem vontade e eu pego em suas mãos.

– Meu ex ficante me trocou por outra. – Carol diz desanimada.

– Gente, qual é? Eu sou a única que gosta de garotas aqui? – Vanessa quebra o clima desagradável.

– Não, amiga. Bate aqui. – Camila estende a mão para ela. – Tá, eu vou lá na cozinha fazer pipoca.

– Vou com você. – Fala Carol, saindo em seguida.

– Lili, vamos também? – Chama Verônica.

E todas saem, ficando apenas eu e Vanessa. Claro, tinha que ser.

– Você está no último ano, né? – Ela quebra o silêncio.

– Não é sobre escola que quer falar, hum?! – Brinco, virando o meu rosto.

– Não, não mesmo. – Dá uma risada nasal.

– Que bom. – Balanço a cabeça positivamente. – Vamos ficar nos olhando? Só isso?

– Você tem muita raiva de mim? – Ela coça a nuca, um tanto envergonhada.

– Pelo que rolou? Não, claro que não. Você não teve culpa. – Murmuro e ela solta um suspiro aliviado. – Só acho meio irônico isso tudo. Não acha? Tipo... Eu e você amigas? Depois do que aconteceu?

– Não precisamos ser amigas... Podemos ser outra coisa. – Fala e eu a olho sem reação. – Não, não... Não pense nisso. Podemos ser... Hum... Melhores amigas.

– Isso com certeza foi pior. – Dou uma alta risada.

– Eu vou descer. Você vem? – Se levanta.

– Ah, eu já vou. Preciso fazer uma ligação para a minha mãe. – Digo sincera.

Vanessa Morgan pov.

Camila estava sentada no sofá sozinha com Lili. E chegando por trás e em total silêncio, eu notei que elas conversavam sobre a minha pessoa.

– Camila!! – Exclamo em um grito, me sentando no sofá. – Eu falei para você não contar sobre isso para ninguém.

Carol e Verônica se aproximaram assustadas com o meu grito e se sentaram.

– Isso é bom. Significa que ela quebra o tabu e significa que eu não sou ninguém. – Lili me dá um sorriso irônico.

– Mas então, agora você sabe na furada que eu me meti, né? – Passo a mão pelo rosto, suspirando pesado.

– Nem tanto, amiga. Quem não pegaria a Madelaine? – Camila me olha sincera.

– Ela é hétero. – Reviro os olhos, imitando a voz dela.

– Quem é hétero? – Ouço a voz da ruiva dizer atrás de mim e me assusto.

Meu Deus, como eu digo que estava falando dela?

– A Camil...

– Eu? Nem diz isso. Eu mesmo não. – Camila me corta. – Eu sou a própria bissexualidade em pessoa, amor.

– Hum. Sobre o que conversaram? – A ruiva questiona, se sentando ao lado da sua amiga, Carol.

– Sobre a heterossexualidade. O que claramente, ninguém nessa roda aqui é. – Cami diz calma.

– Eu sou. – Todas gritaram, exceto eu e a minha amiga.

– Ah, decepção. – Camila finge uma cara de nojo e elas a olham incrédulas pela sua frase. – Desculpa, gente. Mas é inaceitável ser hétero hoje em dia, isso é tão modinha.

– Não acho, na verdade, eu acho bem normal. – Lili vira o seu olhar para ela.

– Homofóbica! – Camila grita.

– O quê? Para de ser louca, sua heterofobica! – Rebate a loira.

E em questão de segundo, as quatro entraram em uma discussão sobre sexualidade. Eu apenas dou uma risada e saio de perto de todas, com Madelaine.

– Agora viu no que se meteu, né? As minhas amigas, em específico, a Camila, não é normal. – Viro o olhar para ela.

– Não estou tão surpresa ou espantada, Lili é exatamente igual. – Madelaine dá um sorriso.

Um lindo sorriso.

i wanna be yours - Madnessa.Onde histórias criam vida. Descubra agora