capítulo 18.

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Madelaine Petsch pov.

Uma semana depois.

– Por que você não foi lá em casa esses dias? Você sempre está lá. – Lili me pergunta, enquanto andamos pelos corredores da escola.

– Adivinha? Minha mãe resolveu me deixar de castigo do nada. Isso é tão ridículo. – Reviro os olhos.

– Ué, o que você fez?

– Por causa da festa que fomos, eu não a contei que iria.

– Nossa, amiga. Pior que vamos ter que esperar o tempo dela então, eu não vou na sua casa nem ferrando. Morro de medo da sua mãe quando ela está brava. – Diz amedrontada.

– É, eu também.

『...』

Já era noite. Eu estava deitada na minha cama, enquanto assistia um dos meus desenhos favoritos, "as meninas super poderosas".

Até que escutei o barulho da porta se abrir.

Era mamãe.

– Estou indo, se cuida e não abra a porta para ninguém. – Ela repete as mesmas coisas que sempre diz quando vai sair e eu assinto. – Te amo.

Ela iria na casa de uma amiga. Isso acontece toda quarta-feira.

A minha mãe se encontra com outras três amigas na casa de uma delas e tira a noite para fofocar.

– Te amo também, mãe. – Respondo-a, sorrindo fraco e ela fecha a porta novamente.

Narradora pov.

Os minutos foram passando e Madelaine começou a ficar com sono sem nem perceber. E sem notar, ela fecha os olhos lentamente.

Mas logo os abre, quando ouve uma voz em seu ouvido.

– Meninas super poderosas? Não sabia que gostava. – Ao ouvir uma voz dizer, ela não pensa duas vezes antes de acertar um tapa na cara da pessoa.

Mas é claro que se arrepende, quando se vira e vê Vanessa.

– Vanessa? Ai, meu Deus, desculpa. Eu não pensei que fosse você. – Madelaine se senta na cama.

– Tudo bem, eu deveria ter batido na porta. – Vanessa põe a mão no rosto, tentando fazer a dor amenizar.

– Como veio parar aqui? Você quase me matou de susto!

– Eu entrei pela janela.

– Por que diabos você faria isso?

– É que parece chato, eu sei. Mas eu não consigo tirar você da minha cabeça. – Ela confessa. – E eu pensei em vários jeitos de te ver, mas eu achei que você fosse recusar todos eles. Então... O único jeito foi vir aqui.

– Pela janela? Se você tivesse pensado em bater na porta, quem sabe eu não iria abrir. – A ruiva abre um sorriso sarcástico.

Madelaine Petsch pov.

– Desculpa, eu não queria te assustar mesmo. – Vanessa diz novamente. – Mas por favor, me diz que não sou só eu.

Fico calada, esperando que ela explique esse "me diz que não sou só eu".

– Eu já estou começando a me achar louca. Não consigo parar de pensar em você.

É claro que desde o nosso primeiro beijo, eu venho pensando bastante nela. Não nela em si, mas no beijo que ela me deu. Em como eu me senti com ela.

Mas não é como se eu estivesse apaixonada ou sei lá, são tipo, pensamentos constantes. Eu nunca fiquei com nenhuma mulher.

Nunca pensei em nenhuma mulher nesse sentido.

– Não consigo parar de pensar no nosso beijo. – Confesso, mesmo sabendo que eu não deveria dizer isso.

Vanessa dá um sorriso fraco e chega mais perto de mim. E eu me senti como a primeira e a segunda vez.

Nervosa e sem coragem para dizer que eu quero de novo, só que não sei se devia.

Ela chega mais perto, tão perto que novamente, eu sentia a sua respiração.

– Eu posso beijar você?

– Pode.

Ela me beija.

O terceiro beijo, mas como se ainda fosse o primeiro.

Como se não tivesse mudado nada, como se ainda estivéssemos naquele cinema.

Eu sentia isso.

– Mas você realmente gosta desse desenho? – Quando nos afastamos, foi o que ouvi-la questionar.

Envergonhada, coloco o travesseiro no meu rosto e tento esconder a timidez.

– Não precisa ter vergonha. Eu também amo esse desenho. – Ouço-a sussurrar para mim.

– Sério? – Um sorriso idiota me escapa.

– Não, eu prefiro padrinhos mágicos.

i wanna be yours - Madnessa.Onde histórias criam vida. Descubra agora