25 - Victória

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— Quando Lucca me der o divórcio, nós podemos falar sobre isso. Eu não quero dar motivos a ele para falar mal de mim — Falei, ainda que eu tivesse feito o pedido do divórcio bem antes. Mas eu sabia como a sociedade de Nova Iorque era e eles me crucificariam, colocando Lucca como a pobre vítima.

Henry tomou a minha mão e a beijou. Devo confessar que depois daquele beijo que trocamos, eu não podia continuar a negar que sentia atração por Henry Walsh.

— Eu vou esperar. Mas... Enquanto isso — Ele se inclinou para mais próximo e senti a respiração dele perto da minha boca. Eu não conseguia tirar os olhos da boca dele — Podemos nos beijar? Não tem ninguém aqui...

Eu concordei com a cabeça. Ele me deu um selinho, e outro e então, começou a querer aprofundar o beijo. Porém, ele logo parou e segurou o meu rosto e encostou a testa na minha.

— Não quero abusar. Você ainda está no hospital — Ele falou.

— Henry! Você precisa ir! Eu vou dormir aqui e você...

— Relaxa, Vicky. Eu já deixei tudo pronto na empresa. Pode ficar tranquila — Henry colocou uma mecha de cabelo minha atrás da orelha — Você é linda demais, Victória.

Ele falou de forma rouca, como se estivesse mesmo me apreciando. Henry estava mesmo apaixonado por mim?

— Henry... Você falou em querer ser pai e querer assumir o meu filho. Mas... E a sua família? E... Você teria que estar muito seguro de que quer ficar comigo para tomar uma decisão dessas.

Ele se sentou na cadeira ao lado da minha cama.

— Eu estou completamente seguro disso. Não sou um homem de me apaixonar fácil, Victória. Nunca fui. E eu nunca me senti como me sinto com você. Por isso, — ele me olhou diretamente nos olhos — eu tenho certeza do que eu quero. De quem eu quero. Eu estou sim, apaixonado por você. E me atrevo a dizer...

Ele sorriu de leve, os olhos brilhando.

— Eu me atrevo a dizer que eu a amo. Eu faria qualquer coisa por você. Absolutamente qualquer coisa.

— Nós... Nós mal nos conhecemos, Henry — Eu falei. E era verdade. Como ele podia me amar?

— Tem pessoas que se conhecem por anos e não conseguem saber que amam, ou mesmo sentir amor. O amor não tem um tempo certo — Ele disse enquanto me olhava nos olhos — Eu sei o que sinto. Eu amo você e eu amo esse bebê. Posso não ter participado na "confecção", mas eu o amo. Ele é parte de você. E isso pesa mais do que ser parte do Mancini.

Ele levantou a mão e pairou sobre a minha barriga, mas não encostou. Ele me olhou, como que pedindo permissão e eu dei um curto aceno positivo com a cabeça. Vi um sorriso aparecer nos lábios de Henry.

Naquele momento, eu senti que eu poderia sim amar aquele homem. Eu poderia amar alguém que não era Lucca. Como não? Lucca, meu marido, já renegou o nosso filho antes mesmo que ele fosse concebido. Enquanto isso, Henry me dava apoio e estava ali para mim. E sim, ele era lindo de morrer.

Eu cobri a mão de Henry com a minha.

— Assim que sair o divórcio.

— Então, eu vou perturbar o Mancini — Ele jogou a cabeça para trás e gargalhou. Henry ficava lindo de todos os jeitos.

— Ótimo! — Eu respondi e ele riu mais.

Conversamos mais, falamos de possíveis futuros, juntos. Henry me contou mais sobre a empresa dele e disse que ajudaria a minha em tudo o que ele pudesse. Ele já tinha me oferecido isso, antes.

A noite chegou e eu dormi, mas não consegui ficar em paz. O local para Henry dormir era minúsculo! Ele era um homem alto, pelo amor!

Eu me levantei da cama, com cuidado e me aproximei dele. 

O CEO arrependido - o ex-marido quer casar!Onde histórias criam vida. Descubra agora