Victoria dedicou os últimos três anos de vida ao homem que amava, Lucca. Porém, ele pagou todo o amor e dedicação da pior maneira: traindo-a, bem no dia em que ela descobriu estar grávida!
Após ser expulsa de casa, ela voltou para a sua cidade nata...
Suspirei ao olhar para a minha barriga. Ela estava começando a aparecer, ainda que apenas quem conhecia o meu corpo pudesse perceber. Em todo o caso, eu optei por usar vestidos mais folgados. Eu não queria que a notícia de que eu estava grávida se espalhasse.
O meu telefone tocou e era ele, Henry. Quando comentei com minha mãe sobre o encontro que tive com ele no avião, ela rapidamente me contou quem ele era e adivinhem só, ele era o filho de um amigo do meu pai! Por coincidência, enquanto eu ia ao centro a fim de visitar a empresa de papai, dei de cara com Henry, no lobby. Nós conversamos e trocamos telefone.
Eu: Já estou indo!
Henry: Beleza. Estou aqui no portão!
Desliguei o telefone e desci as escadas. Minha mãe me olhou e sorriu.
— Eu fico tão feliz que você esteja superando essa situação, querida.
Eu revirei os olhos. Minha mãe pensava que Henry e eu poderíamos ser mais do que amigos. Eu não posso negar que ele era lindíssimo, mas eu ainda amava o maldito do Lucca e, claro, eu estava grávida. Ter um relacionamento com qualquer outro homem estava fora de cogitação para mim, no momento.
— Eu estou de saída, mãe. Conversamos depois!
Eu saí e vi o carro de Henry estacionado no portão, como ele disse que estava. Caminhei até lá e ele abriu a porta para mim.
— Senhorita! — Ele falou e eu sorri, aceitando a mão oferecida.
— Obrigada, gentil senhor.
Ele deu a volta no carro assim que eu entrei e logo, estava no banco do motorista.
— Você está linda, Vicky! — Ele falou naquele tom galanteador de sempre e eu sorri.
— Você também não está nada mal, senhor Walsh.
— Assim você quebra o meu coração – Ele levou a mão ao peito, dramaticamente, antes de dar partida no carro — E então, qual o restaurante de hoje?
— Hmm, árabe? — Eu perguntei e ele concordou com a cabeça.
— Já sei de um muito bom!
— Você parece que conhece de tudo! — Eu falei e ele gargalhou. Eu não me sentia bem assim há tanto tempo... Lucca não me levava a lugar nenhum. Ele não conversava muito comigo. Eu não conseguia lembrar de uma só vez em que ele tenha rido do jeito que Henry fez.
— Às vezes eu me pergunto o que aconteceu com você — Henry disse, enquanto dirigia e olhava para frente.
— Por que diz isso?
Ele deu de ombros.
— Você... Você parece triste. Tem vezes em que parece que você fica distante e muito, muito triste — Ele me deu uma olhadela rápida — Eu gostaria de só te ver feliz, Vicky.
— Henry, você é muito bom comigo — Eu falei e sorri para ele. Aquele homem estava sendo meu amigo e em apenas dois meses, era como se nos conhecêssemos há muito mais tempo.
Talvez eu devesse contar a ele sobre Lucca, sobre o bebê. Eu duvidava muito que ele não soubesse que eu havia me casado, afinal, se ele era filho de um amigo do meu pai... Papai costumava contar aos mais próximos a ele que sua filha querida havia entrado para os Mancini.
Chegamos ao restaurante e o local parecia muito bom, do jeito que Henry sabia que eu preferia: arrumado, mas nada chique. Eu detestava lugares super pomposos.
Pelo visto, Henry era um cliente costumeiro, pois foi muito bem recebido.
— Esse restaurante pertence ao meu tio — Ele falou e eu levantei as sobrancelhas.
— O que não pertence à sua família? – brinquei e ele deu de ombros, sorrindo
— No caso, não é o que, mas sim quem — Ele olhou para mim com um sorriso de lado — Você.
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