26 - Henry

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O que Victória me disse, sobre esperar sair o divórcio e, então, me dar uma chance, fez o meu dia. Eu respeitava a opinião dela e os princípios que ela seguia.

Não achei que eu fosse me apaixonar desse jeito por ela, tão facilmente. Mas também é meio impossível isso não acontecer, já que ela é perfeita! A não ser que a pessoa seja louca de pedra, ou muito imbecil, como o Mancini.

É difícil para mim entender aquele homem. Tão inteligente nos negócios, e tão burro para o lado sentimental! Ele casou com a mulher ideal, por dentro e por fora, e conseguiu deixá-la escapar! Bom, sorte a minha, não posso nem dizer que sinto pena dele. Ele a maltratou, foi um canalha.

Aquela caminha para acompanhante era minúscula! Será que eles não levavam em consideração que o acompanhante poderia ser uma pessoa alta ou corpulenta? Ou as duas coisas?! Mas tudo bem, valia a pena. Eu não deixaria Victória sozinha.

Eu não estava de fato conseguindo dormir e fiquei perdido em pensamentos. De repente, senti um toque no meu ombro e abri os olhos imediatamente, segurando o que me tocou.

Era Victória e, como eu segurei com mais força do que pretendia, afinal, eu me assustei, ela acabou perdendo o equilíbrio, vindo para cima de mim. Não posso dizer que achei ruim de todo, não sou de ficar mentindo.

— Opa! — Eu a segurei para que não se machucasse — Perdão! Eu... Não sabia. Eu levei um susto, Vicky! Você está bem?

Victória começou a rir. A rir! E que risada linda.

— He-Henry, caramba! Parece até que eu ia... Haha! Atacar você! — Ela gargalhou baixinho, cobrindo a boca com a mão.

Digamos que eu já passei por uma situação desagradável e, com isso, fiquei sobressaltado para toques não esperados.

Eu havia me levantado um pouco, para segurar Victória e, então, me deitei, recostando-me na pequena cama, com Victória no meu peito. A risada dela foi morrendo e ela pareceu envergonhada.

— Hmm... Eu acho melhor... — Ela colocou a mão no meu peito para se erguer, mas eu decidi demonstrar que eu queria que ela ficasse ali. Por isso, segurei a cintura dela com um pouco mais de pressão, e ela pareceu compreender — Henry...

— Só um pouco? — Eu perguntei e ela demorou uns segundos, mas concordou e, para a minha alegria, deitou a cabeça no meu peito.

Como eu queria que ela estivesse logo divorciada do embuste do Mancini.

Acariciei os cabelos de Victória e ela parecia começar a dormir, pela respiração, mas então, ela se remexeu e levantou a cabeça, com os olhos arregalados.

— O que houve?

— Eu... Você deve estar super desconfortável! — Ela fez menção de se levantar de novo, mas não deixei — Henry, eu vim aqui para perguntar se queria trocar de cama. Aquela ali é mais pro seu tamanho.

Ela apontou para a cama do hospital. Era sério? Olhei bem nos olhos lindos dela.

— Victória! Você é a paciente, aqui! Como pode querer que eu vá para a cama mais confortável e te deixe aqui?

— Você é muito maior do que eu. Acredito que eu consiga ficar aqui...

— Não. Nem pensar — E isso não tinha negociação. Não tinha argumento! — Eu nunca vou te colocar num lugar desconfortável para que eu fique bem. Até porque, se você não estiver bem, eu não estou bem. 

O CEO arrependido - o ex-marido quer casar!Onde histórias criam vida. Descubra agora