Um 🗡️oque De Mag🧚🏻‍♂️🧚🏻‍♀️a - Victoria y Heriberto (Concluído)

🗡️ 27. O Baile 🗡️

chrispires26
Toda sua florzinha 😍❣️

Escrita com
Carolleite26 ❤️✨

Fui para a sala do diretor, ele abriu o portal e eu passei, acompanhada de um dos vários empregados dos meus pais. Mau coloquei os pés lá já fui fazer as coisas que a minha mãe designava. Se a minha vida era um verdadeiro martírio antes, imagine agora que havia saído da escola brigada com ele e nem sabia como ficariam as coisas depois. O dia foi uma tremenda tortura, agradeci quando anoiteceu e eu pude me esconder em meu quarto. Naquele momento pensei na fadinha, em lhe chamar para ficar comigo, me sentia tão sozinha. Mas não poderia, seria lhe colocar em um extremo perigo. Tomei um banho, vesti uma roupa quente e fui para o telhado da casa, era lá que eu gostava de me esconder e muitas vezes o meu pai me fazia companhia, o que era meio estranho. Meu pai aparentava ser uma coisa totalmente diferente da minha mãe quando não estava na frente dela e era isso que me confundia muito. Olhei para o céu e fechei os meus olhos sentindo as lágrimas saírem por meu rosto.

Alberico: Minha estrelinha porque chora? É tão ruim visitar sua família? - me sentei ao seu lado.

Victoria: É um verdadeiro martírio estar aqui - falei sem lhe olhar - estar com ela, ser prisioneira.

Alberico: Não é uma prisioneira em sua própria casa, sei que sua mãe é muito exigente, mas faz por amor, quer o seu bem.

Victoria: O meu bem? - sorri sem vontade - quando foi que ela parou para me ouvir? Perguntar o que eu queria? Nunca, eu sou um fantoche nas mãos dela, essa tornozeleira que o diga, não é? Isso é amor? Isso é uma doença. Estão me criando para assumir as barbáries dessa família... esse horror que se orgulham tanto... carregamos sangue de inocentes nas mãos e isso não pesa na consciência de vocês.

Alberico: Seu bem sim, sua mãe tem muitos compromissos, você é muito jovem para saber o que quer, queremos te proteger da maldade do mundo, esse presente é para sua proteção, estamos criando para assumir o clã da nossa família, nossas tradições, não há sangue nelas, não fizemos nada de errado, protegemos quem amamos.

Victoria: Não papai, não foi para proteger quem amavam, mas sim para tomarem o poder, para mandar. Escravizar os mais fracos. Eu me envergonho desse legado e se pudesse fazer um único pedido, seria para não pertencer a uma família tão cruel como essa. Tenho certeza de que na minha idade tinha sonhos, projetos, mas por seus pais deixou tudo e fez o que eles queriam. É feliz aqui? É feliz com ela? - o olhei.

Alberico: Alguns vão pensar como você, não foi dessa maneira, queríamos que nossos filhos tivessem um futuro sem medo, pudessem ter o melhor, não somos cruéis minha filha, lutamos por um ideal, ainda tenho sonhos, projetos, tive que escolher caminhos difíceis, estou aqui não estou? Filha - suspirei - sou feliz - não falei tão convicto, ainda pensava em meu antigo amor.

Victoria: Essa é a única verdade papai, como ensinar que matar é a única opção? Nós podemos conviver com todos, só basta respeitar. Esse não é o mundo melhor - respirei fundo - estar aqui não é a resposta para a minha pergunta e tão pouco o que falou me convenceu. Se não a ama deveria ir embora, ser feliz. Eu sei o quão fria ela é... sou testemunha de todas as friezas, amor nessa casa nunca existiu pai.

Alberico: Eu sei que sou rígido, que muitas vezes frio com você, que digo palavras que não são verdades, fizemos tudo para que nossas famílias ficassem bem, queriam o nosso mal, nos destruir, tínhamos que proteger nossos filhos. Quanto a sua mãe fizemos um juramento que vale para vida toda, eu te amo.