Minha Secretária Cristã

56 - Capítulos ( Revisado)

                                Ester

O avião pousa no aeroporto de Paulínia, em Campinas. Pegamos nossas malas na área de desembarque e saímos do aeroporto, procurando um táxi.

— Se você quiser, posso te levar para casa — disse Elias, quebrando o silêncio.

— Não precisa, você já está cansado; é melhor ir para casa — respondi, acenando para um táxi que se aproxima.

— Ok, então a gente se vê na igreja — ele disse, colocando minha bagagem no porta-malas do táxi.

— Sim, tchau! — digo, despedindo-me com um abraço. Sinto meu coração acelerar e solto Elias no mesmo momento.

— Tchau! — Elias disse sem reação, colocando as mãos nos bolsos das calças.

Entro no táxi e dou o endereço de casa para o motorista.

Meu coração ainda está acelerado; sinto minhas bochechas quentes e não consigo parar de pensar no momento do abraço.

Abro a porta do apartamento e vejo que tudo está silencioso, indicando que Laura ainda está no trabalho. Coloco as malas para dentro e, quando vou fechar a porta, vejo Levi saindo do seu apartamento.

— Olá — digo, cumprimentando-o.

— Oi, quanto tempo! — ele disse, dando um pequeno sorriso. — Como foi a viagem? — perguntou, colocando as mãos no bolso.

— Foi boa, e você, como estão as coisas? — pergunto.

— Vão indo. Ainda estou um pouco mal por ter terminado com a Letícia, mas, no final, foi o certo a se fazer — ele disse, sorrindo sem mostrar os dentes.

— Sim, tenho certeza de que logo você vai encontrar alguém que te ame de verdade — digo, tentando confortá-lo, sem saber bem o que dizer.

— A verdade é que quero dar um tempo para mim, sabe? Quero aproveitar minha vida de solteiro — Levi disse sinceramente, fazendo-me pensar que esse "aproveitamento" seria tendo uma vida noturna em baladas e bares, o que não desejo para meu amigo. — Calma, não precisa fazer essa cara. Você me conhece, sabe que sou caseiro, não gosto de curtição e de ficar com várias mulheres. O que quero dizer é que preciso aproveitar minha própria companhia e fazer as coisas que gosto — explicou.

— Agora sim entendi. Bem, tenho que ir; acabei de chegar de viagem e estou cansada — digo, ajeitando meu cabelo em um coque.

— Compreendo, depois a gente se fala — ele disse, despedindo-se.

— Até mais — digo, fechando a porta em seguida.

Pego as malas e as coloco dentro do meu quarto, tiro os sapatos e vou em direção à cozinha. Abro a geladeira e vejo que só tem água; pego uma jarra e despejo no copo.

Bebo a água enquanto penso que ainda vou ter que fazer compras; parece que Laura estava trabalhando sem parar.

Vou para meu quarto, pego meu celular de dentro da bolsa e peço uma marmita de um restaurante próximo de casa.

Por mais que a comida italiana seja deliciosa, ainda prefiro a comida brasileira.

Troco de roupa e começo a organizar meu quarto, enquanto ouço louvores antigos.

[.....]

Assisto a um filme sobre Jesus e sinto meu coração se encher de tristeza pelo que o Senhor teve que passar para que pudéssemos ter a salvação.

E muitas vezes não valorizamos sua presença, que não está só no momento de culto, mas em todos os dias. Não está só em um lugar, mas em todos os lugares; o importante é buscar a presença de Deus onde estivermos.