59 - Capítulos ( Revisado)

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                               Elias

Demorou cerca de uma hora para chegarmos na cidade onde os pais de Ester moram. Confesso que estou nervoso, com receio de que eles não permitam que ela namore comigo. Apesar disso, creio que o Senhor está na frente e que tudo dará certo no final.

— Chegamos. — Rodrigo comenta enquanto estaciona o carro em frente a um portão de madeira.

— Vai dar tudo certo. — Digo para mim mesmo, tentando me acalmar, enquanto passo a mão esquerda pelos meus cabelos.

— Claro que sim! Quem não iria querer um genro legal como você? Embora, se fosse minha filha, talvez eu não permitisse o namoro. — Ele comenta, pensativo, colocando a mão direita no queixo.

— Valeu! Se a ideia era me deixar ainda mais nervoso, conseguiu com sucesso. — Digo ao sair do carro e fechar a porta em seguida.

— Calma, amigo. Só estou brincando. Não se preocupe, Deus está na frente. — Ele diz em tom alto, esboçando um leve sorriso. — Depois que conversar com seus sogros, me manda uma mensagem para eu vir te buscar. Enquanto isso, vou dar uma volta pela cidade.

— Ok. — Respondo enquanto pego os presentes no porta-malas. Afinal, não posso visitar meus futuros sogros pela primeira vez de mãos vazias.

Caminho com cuidado para não derrubar nada e passo pelo portão, que estava apenas encostado.

Admiro a beleza natural do lugar enquanto me aproximo da casa dos pais de Ester. Observo uma senhora regando as plantas e cantando alguns hinos antigos. Essa deve ser a mãe dela.

— Bom dia. — Digo sério, tentando disfarçar o nervosismo.

— Que susto! — Ela exclama, colocando a mão no coração e se virando para mim. — Bom dia, senhor...?

Ester é extremamente parecida com a mãe, desde os olhos até os cabelos e o formato do rosto. É como se eu estivesse vendo como ela ficará mais velha.

— Elias Ferrari, senhora. Sou amigo da sua filha. — Digo com um pequeno sorriso.

— Oh! O que faz por aqui, senhor Elias? — Ela pergunta, deixando o regador sobre uma mesinha de madeira. — Desculpe, que indelicadeza a minha. Venha, entre.

Entro na casa e noto que, embora simples, tudo é bem organizado e limpo.

— Não repare na bagunça, por favor. — Ela diz, guardando alguns livros que estavam sobre a mesa. — Pode se sentar, fique à vontade. Quer um café ou água?

— Não, muito obrigado. — Respondo, mais calmo diante da gentileza da pequena senhora.

Coloco os presentes ao lado esquerdo do sofá e me sento do lado direito.

— Agora sim. Aconteceu alguma coisa com minha filha? — Ela pergunta, sentando-se no outro sofá.

— Não, na verdade, estou aqui porque preciso conversar com a senhora e seu esposo. — Digo seriamente.

— Entendo, mas você terá que esperar um pouco, pois ele foi buscar nossos netos na escola. — Senhora Souza comenta, levantando-se. — Enquanto isso, vou fazer um cafezinho para nós. — Ela sai da sala.

— Tudo bem. — Respondo, ajustando-me no sofá.

Pego o celular e respondo algumas mensagens dos meus pais e dos acionistas.

— Alô? — Atendo a ligação de Renata.

— Oi! Fiquei ansiosa para saber as novidades. Já chegou na casa dos seus sogros? — Ela pergunta.

Minha Secretária CristãOnde histórias criam vida. Descubra agora