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Lucian

Assim que coloco meus pés na boate, sigo pelo corredor VIP até a área restrita onde pego o elevador para baixo. A minha base fica no subterrâneo, longe da vista de todos e bem debaixo de seus narizes.

Aguardo paciente, não ousando gastar minhas energias com a irá que estou sentindo. Eu poderia estra muito bem em casa, conversando com meu anjo, a observando mas não estou aqui. Atrás de um bastardo suicida que resolveu colocar os pés em meu território.

- Já dizia o velho ditado. - Matteo levanta sua garrafinha metálica de whisky - Quem está vivo sempre aparece.

Ignoro meu braço direito que apesar de viver no limite da sobriedade é um dos homens mais sérios que conheço. Mas isso não significa que tenho que ficar feliz sempre que ele aparece na minha frente. Satanás com certeza enviou esse bastardo para atazanar minha vida.

- Você tá fedendo a putas e bebidas. - afirmo passando por ele. Matteo provavelmente deve ter passado a noite e consequentemente a manhã inteira na boate.

- Não erra esse o boa tarde meu querido amigo, que eu precisava mas seja bem vindo de volta ao inferno vossa graça. - Ele se curva fazendo uma vénia.

- Cade o homem que os soldados trouxeram pela manhã?.

- Na sela B1.

Passo por ele seguindo para o lugar indicado, passo meu cartão de acesso e logo as grades se abrem. E o cheiro de cloro misturado a podridão se fazem sentir presentes. Uma pessoa normal provavelmente vomitaria e nem colocaria os pés aqui embaixo. O cheiro predominante e os gritos presentes seriam agonizantes, mas para mim é como voltar para casa.

- O desgraçado é resiliente mas nada que eu não possa resolver. - Se gaba passando dessa vez seu cartão, entrando na sela.

O homem está acorrentado com os braços para cima e o corpo suspenso do chão. Seu corpo está coberto de feridas incisas e ensanguentado. Seu rosto está quase irreconhecível, vendo de longe ele parece estar morto mas dando uma olhada de perto, nota-se que ele ainda respira. Mas não por muito tempo.

- Você realmente fez um excelente trabalho. - digo

- Você está bem? - Ele franze o cenho confuso - Para onde você foi nessas últimas semanas que voltou tão manso? Até está elogiando . Wow.

- Não foi um elogio. Somente estava esclarecendo o óbvio.

- Ye-Ye-Yelena. - O homem murmura tossindo sangue.

- Quem é Yelena? - Matteo pergunta olhando para mim.

- Não me interessa. - resmungo não gostando do rumo dessa conversa. - Você tem sorte de eu não estar no humor de sujar minhas mãos com sangue de escumalha. - Coloco as mãos no bolso da calça e encaro sério.

O homem de mexe soltando um grunhido mas mesmo assim abrindo um sorriso morto e fraco. Seus dentes quebrados cobertos de sangue.

- Pode me matar não fui o primeiro e nem serei o último a ir atrás dela. - Diz e Matteo me encara com o cenho franzindo.

- Vai continuar soltando informações vagas ou vai querer que eu corte seu pau. Talvez assim você fale directo! - Matteo indaga tentando avançar sobre ele, faço um sinal para que ele não avance.

- Você não pode nos vencer Grego. - O desgraçado sorri trazendo a tona uma origem que nunca neguei mas que decidi deixar para trás. - Yelena não te pertence, você nunca....

Não deixo ele completar sua frase e meto uma bala em sua cabeça, bem no centro de sua testa. Mateo me encara pasmado.

- E o outro homem que estava com ele? - pergunto deixando a cela seguindo para fora daquele lugar fedendo a podridão. Normalmente eu não me importaria em passar algumas horas nesse tártaro mas tenho uma mulher em casa me esperando.

PECAMINOSAOnde histórias criam vida. Descubra agora