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Sou só uma Santa Tola, oh, amor, isso é tão cruel
Mas ainda estou apaixonada por Judas, amor
        
                             — Judas - Lady Gaga.

Lilian

Antes de irmos diretamente para casa de Antonella, pedi ao meu segurança Leo. Que me levasse a igreja mais próxima. 

Eu não poderia amar um homem como Lucian tão puramente, ele me afastou da minha virtude, me afastou dos meus princípios foi como um demónio. Sussurrando venha e se entregue repetidamente e eu caí em sua lábia. Tal facilmente, ele grudou na minha pele e está se infiltrando em minha alma.

No sentido bíblico talvez eu esteja longe do arrependimento, mas ainda assim. Ainda aqui estou.

Ajoelhada com as mãos cruzadas, pedindo perdão. Talvez aqui longe dele minha consciência funcione. Sei que não tem mais volta para mim. Mas nada me impede de voltar para casa me ajoelhar e repetir as mesmas palavras " perdão" sendo que no segundo instante em que ele abrisse a boca para falar eu estaria a sua mercê.

— Nossa você demorou. — Antonella reclama me puxando para um abraço de urso. — Senti saudades suas. Como foi? Conta tudo. Como está sendo a vida de casada?

— Ella deixa a menina descansar. — uma mulher passa por nós segurando uma cesta de dalilas. — Oi sou a Constance. Se precisarem de mim estarei na cozinha. E acho melhor vocês duas entrarem.

— Ah...me desculpa. Como sou tola. — Antonella balbucia me puxando para dentro de sua casa. — Aqui dentro tá calor. Vamos nós sentar lá fora.

— A temperatura está amena. — comento.

— Me diz isso quando for você carregando uma barriga desse tamanho. — murmura.

Nos sentamos em cadeiras de palha muito lindas e aconchegantes. Com a vista para a água cristalina da piscina.

— Como você está? Desculpa ter te bombeado com tantas perguntas. Sou muito curiosa.

— Estou bem, e você?

— Aguentando a reta final da gravidez. — Ela alisa sua barriga e seu último comentário me atinge com força. — Não vejo a hora de ter minha princesinha nos braços. Vicenzo vai surtar.

— Por que ele surtaria?

— Seria o karma dando um lição nele. Quem mandou ele ser um mulherengo antes de casar comigo. Bem feito.

— Ah entendi. Eu posso pegar?

— Minha barriga? — assinto e ela sorri calorosa — Claro. Venha.

Me aproximo dela e com cuidado repouso minha mão em sua barriga, um arrepio bom percorre meu corpo. Antonella é a primeira mulher grávida que eu conheço. Eu sempre quis ver e pegar a barriga de uma. Mas agora que eu não sou mais uma noviça posso ter minha própria. Posso finalmente criar a família que nunca tive.

— Ela se mexeu! — falo com entusiasmo sentindo leves toques em minha mão.

— Calma princesa agitada. É somente a titia Lili. — Assim que ela fala os chutes sessam.

— É tudo muito bonito.

— É, mas uma gravidez não é só flores, arco-íris e morangos. É difícil, tem seus altos e baixos e mexe com a nossa autoestima.

— Mas você continua linda.

— Obrigada. Mas chega de falar sobre mim. Habla mais garota. — me cutuca como se eu tivesse uma grande fofoca para contar.

Sorrio me lembrando de Beatriz, ela não me deixava em paz até que eu contasse. Ela e Antonella são muito parecidas na personalidade. As duas são intensas demais e é difícil de acompanhar o ritmo delas.

PECAMINOSAOnde histórias criam vida. Descubra agora