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Lilian

Eu sempre fui uma garota curiosa, e acabei me ferindo muitas vezes por causa da minha curiosidade sem limites. Na mesma intensidade que algo me atormenta e me assusta eu quero me aventurar mais e explorar desse medo. Eu não deveria.

Também não deveria ter tido a brilhante ideia de colocar um garfo na tomada quando eu era criança mas mesmo assim fui em frente. Eu não deveria estar gostando tanto dessas novas sensações. Eu deveria me redimir e pedir perdão por estar profanado minha índole agindo igual uma pecaminosa.

Mas seria mentira pós no segundo instante em que eu colocasse meus olhos nele, meu corpo irá reagir, clamando pelo seu toque.

Lucian está me confundido, batalhando a minha mente, me fazendo querer descobrir mais. Estou andando em uma prancha em direção aos tubarões. Nesse caso o tubarão já me capturou.

Eu mal consegui pregar o olho pela noite inteira, esperando que ele viesse se deitar ao meu lado. Eu tremia apavorada pela ideia. Eu terei que dormir com um homem. Não qualquer homem mas sim meu noivo. O motivo do meu colapso.

Não sei em que momento acabei pegando e caindo no sono porém acordei pela manhã sozinha na cama. Procurando por qualquer resquício de que o outro lado fo-ra ocupado e para a minha surpresa a cama continuava do mesmo jeito, intocada.

Me sinto aliviada por não ter sido dessa vez mas também bem lá no fundo estou decepcionada por ele não ter aparecido.

Será que eu o machuquei na noite passada? Ele não veio para sua cama por minha causa?.

E se ele estiver zangado comigo pela noite passada. Coço o nariz repetidamente nervosa. Imagens da madre e da decepção passando em seus olhos me fazem pular da imensa cama. Me fazendo sentir a pior pessoa do mundo por ter me deixado cair em tentação.

— Acordada tão cedo mia cara? — Um Lucian mais calmo e sereno passa pela porta me assustando. O homem joga seu celular na cama e eu não consigo parar de olhar.

Pare Lilian, pare de olhar para seu tronco nu, despido. Engulo seco vendo algumas gotas de suor escorrendo. É tão definido e bonito que não consigo explicar. É como olhar para uma escultura feita por Michael Angelo.

Ele percebe que estou olhando fixamente para seu corpo e abre um sorriso fino mostrando levemente os dentes e ergue as sombrancelha. sinto meu rosto queimar de vergonha e rápido desvio meu olhar para o lado dando de cara com a parede.

— Bom dia meu anjo. — Cumprimenta fazendo com que cada pelo do meu corpo se arrepiar com sua voz. Isso não era um bom sinal ou era?.

— Bom dia. — respondo morrendo de vergonha, tanta que nem consigo olhar pro seu rosto.

— Está com vergonha de olhar pro seu futuro marido? — Sinto seu toque em meus cabelos afastando. Um toque suave em meu queixo me fazendo olhar para ele.

Alguns fios de cabelos colados em sua testa pelo suor. E normal estar me sentindo mais atraída a ele, tentada a olhar para seu corpo, para o quão usado ele está?.

— Hummm. — coço a garganta. — Você está seminu!.

— Tem algum problema nisso meu anjo? — pergunta num tom divertido.

— Você deveria colocar uma camisa. Está mostrando demais!.

— Tem certeza de que estou mostrando de mais?.

— Está sim.

— Quer que eu coloque uma camisa?.

— Sim. — confirmo mas por dentro uma parte de mim está gritando não.

PECAMINOSAOnde histórias criam vida. Descubra agora