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Lucian

Eu não me cansaria nunca de olhar para ela e ver seus olhinhos grandes e curiosos, olhando para tudo a sua volta com admiração e uma grande curiosidade. Lilian parece ser uma garota muito tagarela.  Em alguns momentos ela falava de mais, perguntando sobre tudo a sua volta igual uma criança de 5 anos mas na maioria do tempo ela permanecia calada. Provavelmente se arrependendo da decisão em vir comigo, mas não tinha mais volta não quando eu queria ela.

Descemos de mãos dadas e seguimos para o interior da casa, com ela completamente alheia a tudo, ficando ao lado igual um cachorrinho acuado. Seu nervosismo se misturando com a curiosidade, a governanta aparece para nos cumprimentar.

— Boa noite senhor Bugatti, boa noite senhorita. — Ela cumprimenta cordialmente e a respondo com um simples aceno.

— Boa noite. — Lilian responde tímida.

— Já está tudo pronto. — Assinto e ela se despede se retirando.

Tirando a minha governanta, uma mulher na casa dos 40 e que leva seu trabalho muito a sério, eu não possuo muitos empregados. Preso pela minha paz e odeio que as pessoas fiquem vagando por aqui. Os seguranças somente ficam na  parte externa e só podem entrar se for uma emergência.

— Pode perguntar o que você quiser Lilian. — digo abrindo a porta do quarto para que ela entre.

— Além daquela mulher, você vive com mais alguém?.

— Não meu anjo. Seremos somente nós dois. A senhorita Henriette trabalha somente três vezes por semana.

— Esse quarto é meio sombrio. — murmura olhando para as paredes e seu olhar se prende na cama. — Esse será o meu quarto?.

— Nosso quarto meu anjo.

Ela se vira olhando para mim surpresa e franze o cenho confusa.

— No-nosso?.

— Sim nosso.

— Eu não posso aceitar isso Lucian. Isso é errado muito errado. Uma mulher e um homem não podem dormir juntos.

— Não foi errado quando estava se esfregando em mim, suspirando pelo meu toque, enquanto eu tomava seus lábios no altar da igreja.

Ela engole seco e recua dois passos como se o que eu falei tivesse atingido ela de alguma forma.

— Eu não deveria. Eu desonrei a madre e agora ela deve estar me odiando. — murmura seus olhos brilhando pelas lágrimas que ameaçam cair — Eu profanei meu corpo.

— Se a madre vai ficar zangada com você pela eternidade eu não me importo. Você veio comigo de Sicília até Palermo sem reclamar e não vai adiantar reclamar agora! — Seguro sua mão e seu queixo forçando ela a olhar para mim e uma lágrima escorre de seus olhos — Achou que nós fossemos brincar de casinha Lilian?.

— Sen...Lucian. — Se apressa em corrigir.

— Nada aqui está errado. — Limpo suas lágrimas —  Nós vamos sim compartilhar o quarto e dormir na mesma cama.

— Eu não posso me deitar com você em pecado!.

— Não estava pedindo sua opinião meu anjo. Como minha noiva seu dever é ficar ao meu lado e logo você será minha esposa. — Beijo sua testa enxugando suas lágrimas.

— Nós não nos amamos. Nem nos conhecemos como pode querer casar comigo?.

— Deveria ter pensando nisso antes de beijar um estranho e eu prometi que logo você seria minha mulher. Sou um homem de palavras princesa.

PECAMINOSAOnde histórias criam vida. Descubra agora