Parte 1 - Prisão Feminina de Nova Iorque

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Christian permaneceu sentado na cadeira pouco confortável da sala de visitas da Bayview Correctional1 .,enquanto esperava sua mais nova cliente ser trazida de sua cela até ele. Passou as mãos pelo rosto. Estava cansado. Tinha chegado de Boston na noite anterior depois de uma visita tensa ao comandante do BSS, Dylan Meyer. Um bastardo importante que tinha fodido com a vida profissional da sua irmã que era uma agente federal e estava agora com o rosto todo inchado e cheio de hematomas devido à um ataque que sofreu de um maluco que a base secreta não conseguia descobrir quem era.  Ainda permanecia preocupado com a situação da irmã e preferia não ter assumido este caso, mas foi impossível recusar, uma vez que havia sido um pedido particular de um colega de trabalho para quem devia alguns favores.

O barulho da grade se abrindo o tirou de seu devaneio e a imagem de uma menina que parecia não ter mais que dezessete anos surgiu. Caramba, era quase uma criança.

Ela olhou pra ele assustada e com uma expressão de passarinho com a asa quebrada. Christian estudou a feição quase adolescente da pessoa a sua frente. O carcereiro estipulou dez minutos de conversa e ele fez sinal para que ela se sentasse.

-Brianna O'Connell certo?

-Sim senhor.

-Sou Christian Watson, seu advogado.

Ela pareceu muito surpresa e sorriu esperançosa.

-Tenho um advogado?

-Sim.

-Quem te contratou?

-Não temos tempo para muitos detalhes no momento srta. O'Connell. Portanto vamos deixar as explicações para mais tarde. Já entrei com o pedido do seu Habeas Corpus. Deverá estar em liberdade provisória em dois ou três dias.

Ela concordou sem dizer nada e Christian continuou.

-Não arrume nenhuma confusão com as demais detentas nesse ínterim e não diga nada, eu disse NADA que possa complicar sua situação dentro desse caso. Se te perguntarem qualquer coisa sobre sua participação no assassinato, sua única resposta será: "Só falo na presença do meu advogado". Não importa quem esteja te interrogando, entendido?

-Sim senhor.

O carcereiro retornou e Christian se levantou.

-Nos vemos em breve srta. O'Connell.

-Doutor Watson, poderia me fazer um favor?

-Não. Não presto favores particulares de nenhuma espécie. Nosso assunto é estritamente profissional.

Ela arregalou os olhos e agora estava aflita.

-Por favor, eu preciso que vá até minha casa e veja se minha irmãzinha está bem. Ela deve estar sozinha e ela não sabe cozinhar. Deve estar com fome.

A carcereira se aproximou.

-Hora de voltar.

A menina concordou e seus olhos estavam suplicantes. Ela ainda o olhou esperando que mudasse de idéia, mas ele não deu indícios de que faria nada pela sua irmã.

A carcereira abriu a cela e Brianna se foi.

Christian voltou para seu escritório e enfiou a cara no trabalho. Pegou o arquivo com o caso da menina Brianna O'Connell e começou a estudá-lo. Constava apenas o depoimento recolhido no dia do crime e no dia posterior, o que significava que a perícia não havia dado seu parecer oficinal ainda.

Brianna cresceu no Bronx, mas a família havia se mudado para o Brooklin há mais ou menos dois anos. Ela tinha apenas dezenove anos, trabalhava em um café próximo da sua casa e tinha abandonado a escola antes mesmo de completar o ensino médio. Morava com a mãe e seu terceiro marido e mais a irmã desde a idade de apenas quatro anos de idade. O homem pensou um pouco e falou consigo mesmo.

A Assassina - 3o.Coligado aos "Agentes do BSS"Onde histórias criam vida. Descubra agora