Brianna e Austin dormiram até meio-dia. Acordaram de ressaca, com dor de cabeça e com o estômago em chamas. Austin fritou bacon e ovos, tomou quase um litro de leite. Eles comeram em silêncio. Arrumaram a bagunça em silêncio e voltaram para a sala.
A menina ainda sentia os efeitos do excesso de álcool, mas precisava ir embora.
-Já que não vai mais me matar, acho que vou voltar pra casa.
-Eu posso mudar de idéia.
Eles riram e Brianna se sentiu muito ligada ao garoto e ele à ela.
-Podemos ser amigos, se quiser é claro.
-Vai ser divertido, quer dizer, se aquele advogado que te defende não me der um tiro nas bolas quando souber...
-Porque ele faria isso?
-Quando eu te ataquei pela segunda vez, você ficou mal...aliás, desculpa por aquilo, mas então...ele entrou em contato com o meu advogado e disse que da próxima vez que me visse, ia me mandar para o hospital.
-Ele te ameaçou?
-Sim. E meu advogado disse que o cara é o bam bam bam dos tribunais, nunca perdeu uma causa, tem forte influência política etc. Tenho que confessar que me intimidei.
-Há dois dias, eu ficaria feliz em saber disso, mas hoje não faz diferença.
Austin se levantou e foi até a cozinha. Trouxe com ele uma garrafa de vodca russa, soda e dois copos com gelo.
-Sabe como curamos uma ressaca? Bebendo mais...
-Não sei se é uma boa idéia Austin...
Ele empurrou o copo na direção dela.
-Está apaixonada pelo advogado valentão?
A menina olhou pra ele e pegou o copo, bêbada era mais fácil.
-Está tão claro assim?
-Na cara.
Eles começaram a beber e a menina falou sobre sua história com o Christian. Ele ouviu tudo sem dar palpites e encheu o copo deles uma e outra vez conforme eles iam esvaziando.
Quando ela falou sobre o jantar na noite anterior, ambos já estavam embriagados novamente. Ela chorou e ele a abraçou. Depois a menina se deitou no colo dele e murmurou catatônica.
-Não foi eu.
-O que?
-Não foi eu que atirei nele
-Tá de brincadeira...
-Não.
Brianna se levantou e contou a ele a verdade que estava escondendo há meses de todo mundo. Austin achou que estava bêbado demais e que aquela confissão era um delírio de sua mente que há dois dias estava encharcada de álcool.
Ele não sabia o que dizer quando ela terminou de falar. Apenas se levantou e pegou uma garrafa de cachaça brasileira.
-Essa é forte. Porque o que acabou de me contar pede uma como essa.
-Sempre tem tanta bebida em casa?
-Procuro ser prevenido. Brianna...porque assumiu a culpa? Porque não contou a verdade para seu advogado? Ele podia ajudá-la a resolver essa situação. Ainda dá tempo...
-Não...por favor...não diga nada a ninguém...Eu posso não ter atirado mas deixei a coisa toda com o Lucca bagunçar a vida de todo mundo ligado à mim, então a culpa de uma maneira ou de outra...é minha.
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A Assassina - 3o.Coligado aos "Agentes do BSS"
RomanceChristian Watson é um homem de atitude. Determinado, audacioso e considerado o advogado mais temido e genioso de Nova Iorque, ele faz jus à sua fama de imbatível. Mas por baixo do retrato profissional e da gélida e impecável imagem, há um homem soli...