Marcela observou o momento em que Christian caminhou até Brianna. Ele parou a uma certa distância e ficou observando a moça. A maneira que ele olhava, o desejo e todas as vontades masculinas estampadas em sua feição.
Quando começaram a conversar, observou o sorriso encantado que ele tinha ao falar com ela e por fim o golpe final quando ele chegou mais perto e disse alguma coisa no ouvido dela. Estavam ambos tão envoltos no mundo deles que por um momento Marcela pensou que fossem se beijar.
Ela sentiu seu estômago doer e seus nervos retesaram. Finalmente entendeu o que Chloe e Michelle haviam dito, mas essa noite, ele ainda estava com ela e teria que respeitar isso. Bebeu seu uísque de uma só vez e caminhou até eles. Chegou perto, enlaçou sua mão ao do namorado e tirou o homem de lá com a cabeça erguida, embora seu orgulho estivesse por terra.
No carro a moça sentia a tensão que emanava de Christian. Ele estava tão embriagado nas sensações que Brianna causou nele que mal se dava conta que ela estava sentada ao seu lado. De repente ela se sentiu muito cansada. As meninas tinham razão, ela merecia alguém que a amasse.
Marcela queria um homem que pudesse olhar pra ela com a paixão que Christian olhava para Brianna. Queria ver a emoção que nublou o rosto dele no semblante de alguém que estivesse apaixonado por ela. Chloe estava certa. Estava na hora de parar de se alimentar das migalhas. Antes que ele tomasse o caminho do apartamento dele, ela murmurou.
-Vou ficar em casa Christian.
Ele olhou pra ela e concordou com a cabeça. Achou que devia uma explicação.
-Marcela, olha...
-Não é necessário dizer nada.
-Mas eu quero dizer. Não quero te decepcionar porque sei que sempre gostou muito de mim, e é claro que tenho um carinho muito grande por você, mas...
-...mas você ainda gosta dela.
-Sim. Eu sou apaixonado por ela.
-Eu sei. Eu vi como olhou pra ela hoje, como ficou profundamente mexido com a conversa que tiveram.
-Desculpe por isso.
-Eu vou sobreviver.
Ele parou de frente com a casa dela e se virou pra encará-la, mas a moça abriu a porta e saiu sem maiores explicações. Christian respirou fundo e olhou as horas, se corresse ainda dava tempo de voltar para levar a Brianna pra casa, mas será que a moça ainda estaria disposta a conversar com ele?
O rapaz pegou o celular e ligou no antigo número. Claro que ela não atendeu. De fato, ele não tinha certeza se a menina ainda mantinha o mesmo telefone de quando a conheceu. Céus, que inferno de situação. Christian foi até o local, perguntou por ela, mas alguém disse que a moça já tinha ido embora. Ele respirou fundo e foi pra casa. Não fazia sentido incomodar Gil e Rose a essa hora. Amanhã ele a procuraria.
Brianna chegou em casa e se jogou na cama. Porque ele fazia isso com ela? Porque dar a entender que poderiam se acertar depois de tanto tempo e ir embora de mãos dadas com outra? Será que ele não sabia o quanto isso a magoava? O quanto doía?
Foi uma noite longa. Dormir foi impossível, então tudo que restou à ela foi relembrar os tempos bons, onde se aconchegava àquele corpo quente e adormecia sentindo o cheiro dele. Quando acordava emaranhada entre os braços que a acariciava pela manhã e faziam amor sonolentos e apaixonados.
Quando Rose abriu a porta na manhã seguinte e deu de cara com Christian, não escondeu a surpresa.
-Como vai doutor Christian?
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A Assassina - 3o.Coligado aos "Agentes do BSS"
RomanceChristian Watson é um homem de atitude. Determinado, audacioso e considerado o advogado mais temido e genioso de Nova Iorque, ele faz jus à sua fama de imbatível. Mas por baixo do retrato profissional e da gélida e impecável imagem, há um homem soli...