Parte 12 - Onde eu quero estar

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Quatro dias depois e a menina estava apta a sair do hospital. Gil e Rose tentavam convencê-la de voltar pra casa, mas ela estava irredutível.

-Ele sabe onde eu moro, tenho medo que na tentativa de me matar, ele possa atingir um de vocês. Não é seguro, temos a Ceci e o Phillip em casa e se algo acontecer a eles eu nunca me perdoaria.

-Não tem para onde ir...podemos pedir proteção à polícia.

-Júlio vai me abrigar, eu já liguei pra ele.

Rose ficou preocupada.

-Mas o Júlio mora há meio quarteirão da sua antiga casa, onde foi atacada pelo tal do Austin.

Christian chegou e ficou surpreso quando Gil lhe disse que Brianna não queria voltar pra casa. Ele pensou um pouco e teve que admitir que a moça tinha certa razão. Como Austin estava desaparecido e a polícia não tinha idéia do paradeiro dele, não havia como prever o perigo e considerando que o lunático estava obcecado em matá-la, não podiam desconsiderar o fato de que a família era um alvo vulnerável.

-A polícia está empenhada em encontrá-lo, mas tenho que concordar que enquanto ele estiver solto por ai, seria prudente ter um pouco mais de cautela.

Gil respirou fundo e não parecia convencido.

-Mas o Júlio está muito próximo da casa da nossa mãe. Austin deve saber mais coisas sobre ela do que imaginamos. Ele esteve planejando encontrá-la. Com certeza sabe onde o Júlio mora.

O impasse não se resolvia e então Christian sugeriu o inevitável, o que ele já queria ter sugerido, mas ficou ponderando o quanto isso desmoronaria sua convicção de ficar longe de Brianna.

-Pode ficar no meu apartamento até que tenhamos certeza de que o bastardo do Austin não é mais um problema em potencial. Tenho um quarto de hóspedes e tenho certeza que não mais que alguns dias e a polícia terá pego o desgraçado.

Rose olhou para Brianna que tinha um ar sonhador. Gil não notou, estava aliviado por saber que a menina estaria em segurança. Ceci queria ir com a irmã, o advogado explicou que ela tinha escola durante a semana, mas que no fim de semana ela poderia ir até lá.


Christian abriu a porta do apartamento e deu espaço para Brianna passar. Ela andou devagar até a sala. Seu corpo ainda doía, as costelas fraturadas reclamavam quando ela caminhava depressa.

O advogado a tomou no colo com cuidado e a levou para o quarto.

-O que está fazendo?

-Te colocando para descansar. Não está cem por cento ainda.

Ele a desceu na cama e arrumou os travesseiros, depois puxou o edredom para cima e se sentou ao lado da menina.

-Como se sente?

-Bem melhor.

-Ainda tem hematomas pelo corpo, mas logo desaparecerão.

Christian acariciou o rosto dela.

-Quer alguma coisa?

-Não. Obrigado.

-Preciso terminar de rever alguns processos. Durma um pouco.

Ele se levantou e ela segurou em sua mão.

-Obrigado.

-De nada.

Brianna não soltava a mão dele e sorriu com uma inocência tentadora. Christian retribuiu o sorriso.

-Não coloque minha resistência à prova porque não está em condições de fazer nada além de repousar.

A Assassina - 3o.Coligado aos "Agentes do BSS"Onde histórias criam vida. Descubra agora