No dia seguinte, bem cedo Brianna se levantou e seguiu para o escritório do seu advogado. Alícia a recebeu com simpatia.
-Doutor Christian ainda não chegou, sirva-se de café enquanto espera, ele não deve se demorar.
Brianna aceitou o café. O principal jornal do Estado trazia seu rosto na primeira página ao lado de Christian e uma foto menor a imagem de Franklin O'Connell. Ela ficou apreensiva ao ler a notícia e tentou não focar mais sua mente nessa questão. Esperava que com o passar do tempo as pessoas se esquecessem completamente dela. Estava livre e queria refazer sua vida e isso era tudo.
As oito em ponto o homem entrou pelas portas de vidro e franziu a testa, surpreso em vê-la ali tão cedo. Ele cumprimentou a secretária e fez sinal para que Brianna o acompanhasse. A menina entrou no escritório e trancou a porta atrás de si, colocando a chave entre seus seios sem que ele percebesse.
-Deveria ter aproveitado seu primeiro dia de liberdade total para dormir até mais tarde.
-Quero aproveitá-lo ao lado da pessoa que me deu essa liberdade.
-Então deveria estar na porta da casa do juiz.
-Foi você quem me defendeu. Ele apenas leu o que o júri decidiu.
A menina se aproximou e Christian não se moveu. Ficou parado exatamente onde estava, com as mãos no bolso, esperando o momento certo para dizer o que tinha passado a noite inteira pensando.
Ela colocou as mãos no peito dele.
-Foi embora ontem sem se despedir de mim.
-Era seu momento. Não quis interromper.
-Um momento que foi responsabilidade total e absolutamente sua. Era justo que participasse da minha felicidade.
Brianna se esticou para beijá-lo. O advogado aceitou o beijo embora tenha mantido as mãos no bolso e longe da pele dela. A menina sabia o que ele estava fazendo, mas não se intimidou. Ficou na ponta dos pés e segurou-o pelo pescoço para aprofundar o contato. A língua dela brincando com os lábios dele. Os dedos na nuca acariciando-o com delicadeza.
O homem não se conteve. Abraçou-a pela cintura e a trouxe para perto. Seus sentidos masculinos todos em alerta pela proximidade e o cheiro da pele dela. Beijaram-se por bastante tempo antes que precisassem respirar e se soltassem um do outro.
Bri passou o dedo indicador pelo contorno do rosto dele.
-Não se afaste de mim.
-Estou bem aqui.
-Mas está tentando me evitar.
-Só acho que precisa de algum espaço.
-Se eu precisasse, eu o pediria.
Christian tentou se desvencilhar, mas Brianna o impediu.
-Disse que depois do julgamento não haveria nada que nos impedisse.
-Só não quero ser aquele que vai te impedir de viver.
-Isso é clichê. Posso viver tudo que eu quiser e ainda estar ao seu lado.
Ela se sentou na mesa e ergueu a barra do vestido enganchando os panos entre as pernas. Christian arregalou os olhos surpresos. Ela fez sinal com o dedo indicador para ele se aproximar e o homem teve que sorrir para a cena, mas continuou onde estava.
Brianna colocou as mãos na cintura.
-Estou tentando te seduzir, mas para isso você precisa colaborar.
-Não no meu escritório, com minha secretária do lado de fora e podendo entrar a qualquer hora.
-Ela só poderia entrar se a porta estivesse destrancada.
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A Assassina - 3o.Coligado aos "Agentes do BSS"
RomanceChristian Watson é um homem de atitude. Determinado, audacioso e considerado o advogado mais temido e genioso de Nova Iorque, ele faz jus à sua fama de imbatível. Mas por baixo do retrato profissional e da gélida e impecável imagem, há um homem soli...