019. kansas city

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CAPÍTULO DEZENOVE

CAPÍTULO DEZENOVE

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A CHUVA CAÍDA NAS JANELAS, DESLIZANDO PELO VIDRO ANTES DE CAIR TRINTA E TRÊS ANDARES EM DIREÇÃO AO CONCRETO ABAIXO. Devia ser meia-noite quando Lucia acordou, mantendo os olhos fechados enquanto ouvia os arredores. Estava frio e ela estremeceu ligeiramente, torcendo o pescoço rígido.

Seu braço esquerdo doía, mas a pontada aguda que sentira no dia anterior estava se dissipando lentamente, deixando-o entorpecido. O pedaço de pano que Joel tinha enrolado em seu braço parecia seco ao toque e ela estava feliz por não estar mais sangrando. Se ela mantivesse seus fluidos, ela deveria ficar bem.

Ao lado dela, Ellie se mexeu, e os olhos da morena se abriram quando ela sentiu alguém cutucar seu pé. Lucia não teve tempo de pegar sua arma, nem de avisar o homem que dormia ao seu lado.

O cano de uma arma estava apontado para ela e ela olhou além dele para ver um menino, talvez alguns anos mais novo que a garota Williams. Sua jaqueta azul com a cor amarela estava suja e ele tinha o rosto pintado de vermelho nos olhos, como se estivesse usando uma máscara de herói.

Lucia não foi a única que acordou e ela podia ver Ellie se levantar em sua visão periférica.

"Não se mexa", sibilou uma voz, que não vinha do menino.

A mulher não ousou mover um músculo, em vez disso, ela deslizou os olhos em direção à voz e o viu parado ao lado. Ele era mais novo do que ela, talvez uns vinte e cinco anos, e usava uma jaqueta vermelha rasgada na lateral. Seu braço estava estendido, a arma apontada para a adolescente enquanto ela olhava para Lucia com olhos verdes arregalados.

"Ninguém precisa se machucar." ele continuou, levando o dedo aos lábios para indicar que eles precisavam ficar quietos. "Você fará exatamente o que eu disser. Eu não quero ter que atirar em você, entendeu?"

Lucia apertou a mandíbula com força, os músculos já doendo com a intensidade e abriu bem os dedos para mostrar que não tinha nada nas mãos. A mulher inclinou a cabeça com um único aceno. A raiva cintilou por trás de seus olhos e as mãos do jovem tremiam, ela não sabia se era por causa dela ou se isso era algo que ele preferia ter evitado.

O suor escorria por sua pele escura, apesar da temperatura fria da sala. Ele acenou com a cabeça para o menino e deu um passo em direção ao contrabandista, sem ousar abaixar a arma, pois agora a apontava para Joel.

"Você", ele chamou a atenção da mulher mais uma vez, desviando o olhar dela da arma que poderia facilmente acabar com a vida do contrabandista. "Acorde-o. Eu quero conversar."

"Joel", foi Ellie quem abriu a boca para alertá-lo, mas ele havia se virado durante o sono e agora dormia sobre a orelha esquerda, o que significava que ele não conseguia ouvir direito, então ela levantou a voz com urgência. "Joel!"

𝐁𝐋𝐎𝐎𝐃 𝐎𝐍 𝐌𝐘 𝐍𝐀𝐌𝐄, Joel MillerOnde histórias criam vida. Descubra agora