027. poupe uma vida

518 125 8
                                    

CAPÍTULO VINTE E SETE

CAPÍTULO VINTE E SETE

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

✧✧✧✧✧

"POR QUE DIABOS VOCÊ FARIA ISSO?"

Essas foram as primeiras palavras que Lucia captou quando a consciência começou a voltar para ela. A parte de trás de sua cabeça latejava e mesmo o menor movimento enviava uma onda de náusea por ela. Mesmo em meio à névoa em que se encontrava, a mulher não viu silhuetas na sala com ela, mas as ouviu.

"A cadela esfaqueou você." ele retorquiu.

"Nós pensamos que ela estava infectada." tentou a mulher, a voz mais próxima de Lucia do que ela esperava. "Aaron atacou primeiro, dificilmente podemos culpar a garota por tentar se defender. Apenas deixe-a ir."

Lucia fechou os olhos com força antes de piscá-los, tentando se livrar da névoa que apareceu. A corda cravou na pele de seus pulsos e tornozelos e o pânico começou a borbulhar dentro de seu peito.

A mulher foi arrastada e empurrada contra a extremidade da parede no pequeno almoxarifado e, assim que conseguiu mover a cabeça, pôde ver os contornos de três pessoas na sala com ela. O homem que ela esfaqueou, Aaron, estava sentado do lado oposto dela enquanto pressionava o ferimento em seu lado.

"Como você acha que vai ser?" sibilou o recém-chegado, aquele que a havia nocauteado com o cabo de seu facão. "Você acha que ela vai deixar tudo isso passar e esquecer? E se os amigos dela vierem procurá-la, hein?"

Lucia tentou encontrar algo para usar e se defender, mas suas armas estavam sobre a mesa e ela não conseguia alcançá-las. Até a faca em sua bota foi arrancada e ela não teve como se livrar.

"Não somos assassinos." murmurou a mulher, segurando seu olhar com confiança. "É isso que você quer se tornar?"

Lucia o teria matado se tivesse tido a chance. Nem teria hesitado no momento em que ele lhe desse as costas. Atire primeiro e pergunte depois. Era sempre assim que ela fazia as coisas. Este mundo era um lugar vil. Mas ela precisava sair viva disso, então tentaria uma abordagem diferente.

"Olha," resmungou Lucia, soltando um bufo doloroso quando ela esticou o pescoço. "se esta é a sua cidade, nós estaremos fora de você. Estávamos apenas procurando alguns suprimentos. Não sabíamos que o lugar estava ocupado."

Ele era talvez da idade dela, talvez um pouco mais velho, mas era difícil dizer por toda a sujeira em seu rosto pálido. Ele deu um passo em direção a ela e se agachou, afastando uma mecha de cabelo de seu rosto com a ponta afiada de seu facão. Lucia prendeu a respiração, movendo a cabeça para evitar que a lâmina tocasse sua pele.

"Eu não acredito em você." ele estreitou os olhos para ela. "A última vez que eu confiei em um estranho, todo o meu grupo acabou sendo massacrado."

"Temos um filho." respirou Lucia, encontrando seu olhar azul. "Parecemos o tipo de pessoa que vai massacrar você?"

𝐁𝐋𝐎𝐎𝐃 𝐎𝐍 𝐌𝐘 𝐍𝐀𝐌𝐄, Joel MillerOnde histórias criam vida. Descubra agora