Capítulo 29

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O Sinto se afastando de mim, perdido em seus pensamentos e seus olhos escuros ja não tinhasis brilho. Já não sou o centro das suas atenções, a fonte das suas risadas, nem o motivo de sua raiva. Sua frieza me preocupa, sua tristeza me machuca....

Pela primeira vez não vejo aquele homem forte e intimidador.... Eu vejo um menino assustado.

Não sei o que houve, mas o seu olhar se apagou. É um olhar triste que expressa mais sentimentos que muitas palavras jogadas ao vento.

Não sei o que fazer! Ele me olhou e se agarrou a mim como se eu fosse a tua salvação....E isso foi um erro!

Eu não sou boa com pessoas, metade de todas as minhas ações são pensando apenas no meu próprio bem. Não sou aquele tipo de pessoa em que você pode desabafar. Em quase todas as minhas conversas eu tenho a terrível mania de reclamar sobre a minha vida e fazer piadas tanto da minha desgraça, quando a do próximo. Não possuo qualidades e muito menos um bom senso. Não gosto e nem quero agradar ninguém. Nem mesmo quando me esforço consigo ser alguém agradável. Se afastam de mim por eu ser tão egoísta, por eu sempre me colocar em pimeiro lugar e esquecer de amar os outros que se consideram importantes em minha vida. Eu não sou tão ruim, eu só prefiro que me veja assim.

Quando você é bom, te ensinam a ser ruim.
Quando cuidamos, te ensinam que teus cuidados não servem para nada.
Quando tenta estar junto, te ensinam que sua presença não é bem vinda.
Quando demonstra, te mostram que ninguém valoriza quem gosta e demonstrar é um ato de fraqueza.

Eu aprendi a lição.

Será que sou tão ruim e fria como dizem que sou? Será que me proteger me faz tão egoísta? Mas ninguém vai pensar na minha dor se eu não o fizer!

Hurf!!! Por isso não posso pensar, eu penso muito! E para que? Para nada!
Viver com Áries está me deixando mais louca do que já sou por natureza! Espero que isso acabe logo, já não aguento mais!

[....]

A viagem de volta foi longa e incomoda. Ele estava estranho e eu também, mas preferimos guardo tudo para nos mesmo.

- Tenho alguns assuntos a resolver. Vou te deixar em casa e ir para o escritório.

- Eu também vou para lá. Antes mesmo de colocar o pé em Nova York, Iris disse que tinha algo para conversarmos.- digo. Ele parecia nervoso, como se minha presença na empresa fosse incômodo. Áries está escondendo algo!

Seguimos para empresa e entramos no prédio como dois estranhos. Vou direto para minha sala e tento controlar esse nervosismo sem cabimento! Em alguns minutos escuto batidas na porta.

- Entra. - falo e ajeito minha postura.

- Bom dia, Eliz! Como foi de viagem? - Iris diz.

- Legal.... Sentiu minha falta, né? Me ame menos, é mais seguro! - digo e ela começa a rir das minhas gracinhas.

- Acho que vou sentir sim...

- Como assim vai sentir? - pergunto confusa.

- Como você pode ver estou grávida.

- Coitada. - falo sem querer e ela arregala os olhos. - Quero dizer.... Parabéns?

- Obrigado? Enfim, Eliz..... O meu marido quer que eu fique em casa. Você sabe, para ter mais tempo para a criança. Então, não vou mais trabalhar aqui..

- Coitada. - Digo baixinho.- Vou sentir sua falta, vai ser difícil encontrar outra secretária como você.

E agora tem esse! Vou ter que achar outra pessoa.

- Já sabe o que é a sua coisa?

- Não é uma coisa, Eliz!.... É menino e não para quieto. - diz por fim. Ela chega perto de mim e coloca minha mão na sua barriga. Sinto uma ondulação forte na sua barriga e tiro minha mão rápido de lá.

- Aí credo, que estranho! Parece um parasita.

Ela cai na gargalhada. Continuamos a conversar sobre o seu futuro triste, que parecia deixá-la muito empolgada.

Quando estava ficando tarde fui até a sala de Áries e entrei sem bater.

- Quero ir em...... - parei de falar assim que o vi próximo de uma mulher.

E puta que pariu que mulher! Ela tem o cabelo em corte de camadas, com umas parte mais claras. Sua pele é morena e sua boca bem desenhada e corpo esculpido pelos deuses.

- Desaprendeu a bater, Elizabeth? - ele pergunta com o sua gentileza de sempre

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- Desaprendeu a bater, Elizabeth? - ele pergunta com o sua gentileza de sempre.

- Você ainda lembra o caminho da puta que pariu? - digo e me jogo em seu sofá. Tento engoli aquele nó na garganta e espantar esse desconforto que senti.

Eu me sentia uma intrusa e estava completamente desconfortável. Eu nunca foi uma pessoa transparente, então coloquei a minha máscara e fingi esta super a vontade.

-Prazer, Elizabeth - digo me apresentando com simpatia.

- Atena. -Disse ela sorrindo amigavelmente.

- Eu vou pedir para o meu motorista te levar para casa, você deve estar cansada da viagem. - Áries diz nervoso.

- Não sabia que você tinha esse poder de saber o que as pessoas sentem. - digo irritada.

- Vai para casa, Elizabeth!

- Claro.

Saio daquela sala espumando de raiva! Quem ele acha que é? Ah, mas isso não vai ficar assim

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Áries: Senhor da guerraOnde histórias criam vida. Descubra agora