Capítulo 2

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Escuto um grito alto de ajuda, corro por aquele lugar escuro, meu coração acelera, com um frio encômodo na barriga e o medo toma todo meu corpo. Meu coração e minha respiração para por um segundo, quando sinto meu corpo ser agarrado, sou arrastada pelo cabelo. Meu grito ecoa por todo lugar! Estou desesperada e sinto as mãos me arrastando, quando olho para trás, não tem ninguém! Fico parada, jogada naquele chão seco e minha respiração fica totalmente ofegante.

- Ei! - dou um sobre salto quando um guarda sacode meu corpo.

- Você poderia ser mais delicado! - digo.

Não poderia reclamar muito, ele foi até bonzinho. Me deu roupas do achados e perdidos.
Meu estado não era dos melhores! Eu estava vestindo uma toca preta, um óculos de sol, uma Jaqueta Maron, muito maior que eu e com uma garrafa de água na mão, para ajudar na ressaca. Deplorável!

Eu estava dormindo no banco da delegacia, o policial não achou necessário me colocar em uma sela. Eu sou anjo inofensivo.

- Me acompanha, por favor. - ele diz e assim eu faço, reclamando, mas faço.

- Você de manhã é sempre assim? - ele diz caminhando de costa para mim.

- Assim como ? - digo estressada.

- Resmungona.

- Não gosto que me acorde, principalmente com tamanha delicadeza. - disse ironicamente.

- Sente-se, senhorita Hayley. - ele diz, quando chegamos em sua sala e me sento em uma cadeira de frente para sua mesa.

- Não temos uma acusação grave. A senhora irá depor sobre as acusações que lhe foram feitas.

- Não fiz nada, eu só estava dançando e jogando champanhe. Não tem nenhuma prova contra mim. Eu conheço meus direitos.

- A conhece? - ele diz zombando de mim.

- Sim, sou advogada. - digo jogando meu cabelo para trás.

- Senhorita, só me diz o que aconteceu no dia do incêndio? - ele diz com a mão na testa.

- Alguém estava usando drogas por isso o Jack's pegou fogo, mas não fui eu. Eu estava tendo um conversa legal com o irmão de alguém. - digo simples.

- Pode dizer o nome desse tal irmão de alguém para confirmarmos sua história?

- Sei não. Se é só isso,eu já vou indo e não vou devolver essas roupas, eu gostei delas.- digo me levando para ir embora.

- Eu não a liberei.

- O senhor pode me manter aqui até 24hs. Essa necessidade deve ser comprovada e justificada pela autoridade policial em seu requerimento. Porém, não tem nenhuma acusação formal contra mim e muito menos provas. Então, tenha um bom dia. - digo me retirando.

Meus pais e Alexandra não podem nem sonhar que fui para delegacia de novo!

Eu e Alex moramos juntas em um apartamento, que é bem próximo da casa de todos da família. Alex é minha melhor amiga e sobrinha. É engraçado que sou sua tia, mas ela é a mais velha. Bom, nossa família não é lá a mais normal. História longa!

Meu celular começa a tocar e eu bufo de raiva com a música irritante! Eu sou o tipo de pessoa que coloca uma música que não gosta como alarme ou toque, para não pegar raiva da que gosta.

- Fala! - digo.

- Oi, boa tarde aqui do escritório d'vill, queria saber se a senhora já tem uma resposta para nossa proposta? - uma mulher, provavelmente do RH pergunta .

Bom, eu sou uma irresponsável, mas eu sou a porra de uma gênia. Como minha parenta distante/ bisavô diz "seja uma piranha estuda" e foi isso que fiz. Eu sempre estava metida em confusão, fui para no reformatório, sempre aprontava e traficava doces no jardim de infância.... Mas minha notas sempre foram boas, eu passei em nove faculdade, ganhei um caso ainda quando cursava direito e isso me fez conseguir um diploma com mérito! falo quatro línguas espanhol, italiano, francês e japonês. Terminei a faculdade faz seis meses e já cinco empresas de advocacia me ofereceram ofertas de emprego.

Só não consegui mais por conta do meu histórico de atrito de convivência.

Não é que eu seja sem educação ou metida. Tenho dificuldade em aceitar ordens de figuras no poder( meu pai odeia isso em mim).

Mas que se dane! Ontem mesmo recebi uma oferta incrível e irrecusável! A Olímpus, a maior empresa de advocacia do país e uma das maiores do mundo, me oferecera uma vaga. Eu fiquei muito feliz! Já tenho um histórico profissional excelente (diferente do meu histórico de vida) imagina se eu tiver no meu currículo que trabalhei para Olímpus. Digo trabalhei, porque eles não vão me aguentar uma semana. Empresa grandes são normalmente corruptas e abusam de seus funcionários.

- Não, mas obrigada pela ligação. Beijo. - digo e desligo o telefone.

Assim que sai da delegacia, tive que pegar um táxi para ir para o Jack's e pegar minha neném. E quando chego checo se ela está bem e se não tem nenhum arranhão.

vejo Jack fechando o bar e para, provavelmente, ir para casa.

- Iae, Jack. - digo acenando alegremente e ele me olha puto.
Ele é tão gentil!

- Peste!- ele resmunga.

- Qual é Jack! somos amigos a tempos, sou sua cliente fiel e dou uma agitada no seu bar. - digo dando um soco de leve em seu braço.

- Você causa tumulto, quebra as coisas, molha todo chão, irrita os clientes quando ganha deles e você só falta arrancar as calças deles. Sua extorquirstazinha mal caráter. - ele diz contando nos dedos.

- Eles não sabem ganhar de mim, meu caro. Que culpa eu tenho!? Seja legal e me deixa voltar. Prometo ser boazinha - falo fazendo biquinho.

Ele fica pensativo, me encarando nada contente.

- Eu ganhei 18.000 ontem. Deixa eu continuar gastando meu dinheiro no Jack's. Sim!? - digo sacudindo seu corpo.

- Trate de gastar muito! Você me deve pelas suas confusões. - ele diz e caminha para sua caminhonete.

- Também gosto de você. - falo

Jack é um homem alto, cabelos grisalhos, o famoso velho rabugento. Ele é um amigo do meu pai. Meu pai dono de boate e Jack do bar. Coisas em comum.

Eu sei que ele odeia minhas farás e o que eu causo, mas ele gosta de mim. Eu sou legal.

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Áries: Senhor da guerraOnde histórias criam vida. Descubra agora