Capítulo 8

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P. O.V.—Gael

O que acabou de acontecer? Nem eu acredito, acabei de conhecê-la, mas mesmo assim, pareceu ser a vida toda, no primeiro momento que coloquei meus olhos nela, aconteceu algo dentro de mim. 

— Papai, onde está a Bia, e a professora Linda? _ ouvi a voz de meu filho, um pouco sonolenta, e o observei brevemente pelo retrovisor, e ele pareceu procurar por elas no veículo

— Elas estão na casa delas, devem estar dormindo agora, e é isso que faremos agora _ anunciei ao estacionar o carro na garagem, ele desceu e eu tomei Isa nos braços, minha pequena está crescendo, sorri ao me lembrar de Linda, que se achou pesada para o cavalo

os meus nos de experiência no departamento, me incitam a descobrir mais, suas reações, seus gestos ao ser admirada e tocada, me dizem muito sobre ela

— Papai, me cobre? _ Isaac chama minha atenção na porta do quarto de Isa, e eu o sigo até o seu, o cubro e observo fechar seus olhinhos e se entregar ao seu sereno sono

me deitei após um banho, e encaro agora o teto, os olhos grandes e castanhos de Linda, surgem em minha mente, seus lábios voluptuosos, sua pele pareceu tão macia, mas quando sua mão me tocou, senti como se uma brasa passeasse por mim

ela pareceu perdida em alguns momentos, e sei que as lembranças podem se parecer com uma arma carregada, pronta para o disparo. Meu telefone toca interrompendo meus pensamentos

— Alô _ vi que era Bruno, ele está de plantão essa noite, sua respiração pareceu apressada

— Gael, me desculpe te ligar na sua folga, mas houve uma invasão _ fiquei confuso, ele não ligaria pra mim por uma invasão

— E o que houve? _ indaguei esperando o pior, após trabalhar no departamento de homicídios no Rio, esperar o pior era comum, a cidade consumiu quase tudo que eu tinha

— Dois homicídios, mãe e filha _ me levantei em um solavanco

— Onde foi? Qual a idade de ambas? _ indaguei com meu folego preso

— No rancho torto, cinquenta e oitenta _ retomei meu folego e me vesti, não sei porque, mas pensar em Linda e esse telefonema, me deixaram angustiado

— Chego em uma hora, vou apenas esperar a baba chegar _ desliguei o telefone e liguei para Josiane, filha da Marina, mesmo que seja tarde, ela sempre vem quando preciso

cheguei no local e duas das quatro viaturas da cidade estavam lá, a polícia cientifica só chegará pela manhã, me dirijo porta adentro, observo o local porta arrombada, os corpos já cobertos com lençóis manchados de sangue, 

estava sentado à mesa, e o outro no chão, levanto o lençol e verifico que foi arma de fogo, sem sinais de agressão 

— Depois de um ano, é o primeiro homicídio, e dois ainda por cima

 _ Bruno disse um tanto ansioso, ignorei suas palavras, eu sei sobre isso, e sabia que a pacata cidade receberia um beijo do maldito uma hora ou outra;

com minha lanterna sai seguido por Bruno, e observei o local ao redor da casa, e duas pegadas que saiam de uma poça de lama, eram duas pessoas

— Aproveita seu celular e tire fotos antes que sequem _ iluminei e ele bateu algumas fotos

voltei para a delegacia, e a papelada me segurou até o amanhecer, cheguei em casa, meus filhos estavam prontos para ir à escola

— Bom dia, papai _ em uníssono fui recebido pelos meus filhos, Josiane estava saindo da cozinha com sua mochila, pronta para ir trabalhar com a mãe

— Bom dia, crianças se despeçam de seu pai, vamos ou iremos nos atrasar _ meneei a cabeça e ela andou, me ocorreu por um minuto

— Espera, eu vou levar eles _ ela me olhou confusa, quando ela está aqui, ela sempre os leva, posto que trabalha no mesmo local que eles estudam

— Você deve estar exausto, não acha melhor descansar?_ me perguntou o obvio para ala, mas não levá-los implicaria em não ver Linda, e eu queria muito ver seu rosto depois da noite que eu tive

sorri e ela entendeu que eu iria levá-los, e se despediu e saiu em minha frente

— Vamos _ conduzi meus filhos até o carro, segui até a escola ansioso para vê-la, sei que posso dizer com certeza passou por algo traumático, uma alma ferida reconhece outra, mas quero muito conhecer mais a fundo Linda Rios



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