Capítulo 16

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Gostei da casa nova, tem um quintal grande, e um parquinho que as crianças vão gostar, ganhei alguns eletrodomésticos de Marina e de algumas das professoras da escola, depois que passei o número da conta que abri no banco para Luiz, ele depositou algum dinheiro, que me serviu muito bem;

Sei que a advogada disse que tenho direito a metade de tudo que ele tem, e ainda mais pelo que ele me fez passar, mas só pelo fato de não vê-lo mais, já é o suficiente;

 ele quer ver a Bia, eu terei que ir até o Rio, na casa da mãe dele, mas ainda não está nada certo, tenho tempo para pensar em como será isso.

— Bom dia.
_ digo ao entrar na sala dos professores, Marina está com um copo de café, mas parece que esteve chorando

— Bom dia, Linda, parece que viu um passarinho verde
_ela forçou um sorriso

— O que foi, posso ajudar? Não parece bem!
_ digo e ela se senta, deixando seu copo pela metade de café na mesa

— Uma amiga morreu, ela e a filha_minha mão vai direto para a boca em choque

— Sinto muito, como foi isso?

_indago penalizada com a dor nos olhos dela, que se levanta

— Elas foram assassinadas, a filha dela tinha a idade da Josiane. Foram encontradas já em decomposição.

_que horror, já tinha ouvido falar que teve dois casos assim aqui, mas juntando esse, é o terceiro

Eu a abracei, enquanto ela chorava, depois de um tempo ela se afastou e limpou o rosto.

— Vou para casa, hoje não consigo ficar, pode ficar na saída, e ajudar a verificar se está tudo desligado e fechado?

_ assenti, e ela pegou sua bolsa

— A senha do alarme está debaixo do teclado do meu computador

Assenti e ela saiu, sei que minha aula passou como um raio, o dia acabou e estava Maria, Bia e eu na escola, verificando as salas, janelas e os dois parquinhos, digitei a senha do alarme e saímos pela porta da frente.

Gael estava em frente esperando, os gêmeos estavam com ele, eu sorri, mas reparei que ele estava tenso

— Oi, que surpresa _ disse assim que entrei na caminhonete, e dei um selinho na sua boca

— Vou fazer o jantar hoje, vim pegar vocês duas

_seguimos apenas ouvindo a conversa dos três que não paravam um segundo de falar, ele estava pensativo

— Tudo bem? _perguntei assim que as crianças saíram do carro

— Não gosto da ideia de vocês estarem sozinhas naquela casa _olhe confusa

— Fique aqui, até eu pegar o desgraçado que

_ eu o beijei, peguei de surpresa, ele se preocupa com migo e com a nossa segurança

— Isso é um sim? _ele perguntou encostando a testa na minha

— Claro, preciso pegar algumas coisas na minha casa primeiro _eu olhava para sua boca, e vi seu sorriso, eu só queria beijá-lo de novo

— Papai, eu preciso ir ao banheiro, você tem que abrir a porta _desviamos para Isabel, que estava pendurada na porta da caminhonete, ele abriu e correu até a porta, gritava no caminho sendo seguido pelos três, eu fechei a caminhonete rindo

_depois do jantar, fomos os cinco até minha casa, quando nos aproximamos notei que algo estava errado, não tenho vizinhos, minha casa é um pouco afastada da cidade, não muito

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