Capítulo 39

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Linda Rios

A garota com olhos azuis, longos cabelos loiros, extremamente bonita. Vestia um sobretudo, e com esse calor no Rio de Janeiro, ou é maluca, ou esconde o que tem por baixo.

— Se apronte como gosto, e vista-se
_ Luiz joga sobre a cama, uma embalagem pequena demais para conter uma muda decente de roupa

— Não vou participar de qualquer coisa que você com essa cabeça doente planejou _ bato a mão na sacola e a jogo em seus pés

— Então, você não tem medo de mim, eu tenho que te lembrar de quem eu sou? _Ele se aproximou, agarrou meus cabelos e aproximou seu rosto do meu, olhou fazer no em meus olhos. Estremeci.

— Sou seu dono, paguei para foder você quando quisesse, e como quisesse. Então, visitasse ou faço melhor do que planejei para você.

_ele me jogou na cama com fúria

— O que quero agora, te fará feliz, anda, e me obedeça _disse em um tom que usava raramente, doce como mel, mas eu sempre esperei o ferrão, em ele veio todas às vezes.

Nojo e uma repulsa infinita tenho ao vislumbrar seu sorriso maquiavélico do demônio.

Em silêncio peguei o embrulho e fui ao banheiro me trocar, privacidade é uma piada. Me olho no espelho e a mulher que vejo é a medrosa, condenada a sofrer na mão do homem que um dia amou.

— Não vou voltar a ser nada desse homem, me recuso a voltar a ser um brinquedo em suas mãos.

Gael, que saudade, conheci o amor da minha vida, que entrou tão rápido em minha vida, e se tornou parte de mim. Fecho os olhos e consigo sentir seu cheiro, as lágrimas molham agora meu rosto.

— Ande logo, não o deixe irritado. _a voz feminina sussurrando a porta. Limpo meu rosto.

Abri a porta e sai, deixando para trás o embrulho intocado.

— Não vestiu o que o chefe mandou? Logo ele voltará, ele não gosta de ser contrariado. Sobrará para mim também!

_fecho a porta do banheiro atrás de mim e encaro os olhos azuis da garota, agora amedrontados

A porta do quarto se abre novamente, e ele entra, me encara com raiva, cerrando seu maxilar e me olhando de cima a baixo.

E sem dizer nenhuma palavra, ele segura a loura pelos cabelos, arranca sei casaco e a joga na cama, de barriga para baixo.

— Não se mexa _ ordena com um sussurro grave e carregado de raiva, e assim ela fica imóvel.

Ele tira parecendo um chicote do bolso e me oferece.

— Bata nela, ou bato em você _me fez arregalar os olhos

— Eu, eu não posso _digo e ele se aproxima 

— Me obedeça! _esbraveja, segurando minha mão e depositando o objeto

Segurei e me aproximei dela, sua pele branca e macia na lingerie preta, como ele quer que eu tenha coragem para isso? Ele se senta em uma poltrona, como se esperasse por um espetáculo.

— Vou destruir você e ela, sabe do que sou capaz, então, faça, me deixe feliz _apontou para ela debruçada na cama, percebi que ela soluçava, melhor eu do que ele

O vi de soslaio aperta seu órgão, assim que desferi um golpe, fechei os olhos e tentei respirar. Nunca machuquei ninguém, e as três marcas do chicote marcaram de vermelho a pele de Marfim, da garota que ficou em silêncio. Se fosse ele, seria pior.

— Vamos, querida, mais! _sua voz me fez apertar os olhos e derrubar as lágrimas que os inundaram

Desferi mais um, forcei a respiração.

— Você é um monstro! _ disse o encarando, e o encontro massageando seu sexo

— Mais! _bati mais uma, e mais uma, e mais uma perdi a conta. Chorando perdi as contas. Me joguei no chão, não consigo mais, não posso.

— Já chega, querida _senti suas mãos em mim, ele me levantou e me sentou na cama, ao lado da garota, desfere um tapa em suas nádegas marcadas

— Se levante, Babi _ele rasgou minhas roupas com violência, me deixando apenas de calcinha.

Forçou meu corpo na cama e usou algemas para me prender.

— Babi, toma _minutos de silêncio, senti a ardência em minha bunda, um, dois, três, perdi a conta enquanto chorava aos gritos. Senti em minhas costas, coxas e pernas.

— Para, por favor, para, não aguento mais _gritei várias vezes enquanto sentia minha carne ser cortada. Afundava meu rosto no colchão.

Senti um aperto em meu queixo, e um puxão, ele está nu. Ele estava sorrindo, maravilhado com a cena.

Com a outra mão ele acena para ela, que para no mesmo instante, ela se ajoelha em sua frente e o masturba e chupa seu pênis enquanto ele aperta meu queixo, desfrutando da obra de arte em meu corpo.

Ele ejacula segurando a cabeça dela fundo, apertando-a cada vez mais, ouço ela tentando respirar, engasgando com o aperto dele. Sem me soltar, ele olha em meu rosto e admira meu corpo ferido.

Assim que ele termina, a solta como um saco de batatas e se aproxima de mim, sem forças não me mexo, apenas gemo com o ardor em meu corpo.

— Gostou do presente, amor? Tenho mais algumas ideias do que fazer com você.

_ele aproxima de mim e beija minha boca.

— Eu te amo. Linda, você é minha! _ não tenho mais forças, fecho os olhos e forço o ar em meus pulmões

Alguém solta meus punhos das algemas, não consigo levantar as pálpebras para visualizar quem, e depois de alguns segundos ouço a porta ser aberta e em seguida ser fechada.

Devo estar só, me sinto só, como em toda minha vida, a solidão foi minha melhor companhia.

A ardência em meu corpo não me permite me mover, só consigo chorar e pensar na luz que atravessou meu caminho, e sinto tanto medo pela vida dele.

Ele me mostrou o significado da palavra amor, antes era só uma palavra comum, agora para mim significa Gael, ele é o que alivia minha mente da escuridão que me consome, agora.

Ainda com os olhos fechados, sinto a necessidade de dormir, talvez seja também para fugir do horror em que estou vivendo, mas meu corpo debilitado clama por descanso, tanto quanto minha alma clama pela vida, porque isso que vivo não é vida, e estou definhando a cada segundo.

— Te amo, Gael. Eu te amo tanto _ as palavras fogem em meio ao último suspiro consciente.


 Eu te amo tanto _ as palavras fogem em meio ao último suspiro consciente

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 Não me abandonem, só estou muito atarefada na reta final na faculdade.

Até o próximo capítulo.

ME AMEOnde histórias criam vida. Descubra agora