capítulo 40

82 9 4
                                    

Gael Vilar

Depois que o informante disse que Luiz iria para a Itália, e levaria minha metade, não, mas não vai mesmo, nem que eu tenha que arrancar sua cabeça do corpo, jamais permitirei que ele a leve. Tive que me policiar, para não estragar tudo, depois de não dar em nada o endereço que sua mãe me deu, quase perdi minhas esperanças.

 No domingo, o dia da operação final chegou. O sol ainda não havia nascido, e demoraria algumas horas ainda, a tensão era palpável. Estávamos reunidos no aeroporto, aguardando a chegada do voo fretado que tiraria Linda do Brasil, mas nem fodendo.

O comandante liderou a equipe, com cada membro competente em sua função específica. Enquanto esperávamos, eu não conseguia evitar pensar em todos os momentos felizes que compartilhei com Linda e quão vazia minha vida tem sido desde que ela desapareceu. Não poderíamos falhar. Eu não posso falhar, prefiro morrer a deixá-la nas mãos daquele maniaco.

 Sussurrando para mim, o comandante diz.

— Gael, mantenha a calma. Meu informante confirmou que ela já está a caminho. Tudo dará certo.

Respiro fundo para manter a calma, não posso pirar e acabar com as chances de ter Linda de novo em meus braços.

— Eu sei, estou apenas ansioso. Temos um plano sólido. Nada pode dar errado agora.

Seguimos para a pista do aeroporto, onde o informante disse que Luiz fretou um avião, para sair as três da manhã.

O jato estava onde disse o informante, e estávamos prontos para agir. Apenas esperando eles chegarem.

Passado alguns minutos, dois BMW, uma branca e a outra preta, que estacionou mais próximo ao jato. Vi Linda assim que uma mulher saiu do banco traseiro, a luz interna do veículo me permitiu vê-la, foi rápido, mas vi minha morena.

Contei doze homens armados, e avistei Luiz sair do carro preto, empunhando uma pistola. Melhor, não gosto de matar homem desarmado.

Sussurrando ao meu parceiro digo.

— Ela está no carro. Eu a vi, está no preto.

Com determinação Murilo olha em seu relógio e empunhando sua arma diz:

— Gael, vamos fazer isso. Agora ou nunca.

 Seguindo o plano, nos aproximamos do avião discretamente, cada passo sendo cronometrado com precisão. Cada minuto parecia uma eternidade, mas finalmente chegaríamos ao momento crucial.

Nos movemos com a agilidade e a precisão de uma equipe bem treinada. Linda estava em perigo, e não podíamos deixar que nada impedisse de voltar para casa em segurança, voltar para mim.

À medida que nos aproximávamos do avião, a adrenalina corria em nossas veias. O destino de Linda estava em nossas mãos, e esta era nossa última chance de resgatá-la.

A mulher que havia deixado o carro, voltou para o veículo e abriu a porta, e Linda desce, ela estava andando com dificuldade, não vejo seu rosto, pela baixa iluminação, mas tenho certeza que está abatida, e muito ferida. 

Luiz entrou no escritório do Hangar, e a mulher ajudava Linda a ir até o avião, a vi subir as escadas e meu desejo era gritar que estou aqui, cada degrau que ela subiu apertou meu peito.

E meu coração que bate nesse momento descontroladamente enquanto nos aproximávamos da aeronave. Cada passo que dávamos, cada movimento que fazíamos, era crucial. Não posso deixar nada de errado.

Com a precisão de um relógio suíço, seguimos o plano. Murilo e eu avançamos silenciosamente na direção do avião, enquanto o restante da equipe garante que todos os elementos do plano estejam em andamento.

ME AMEOnde histórias criam vida. Descubra agora