Capitulo 37

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— Droga, ela estava tão perto.
_ chutei a cadeira, com a frustração e a raiva do fracasso

— Quem eram aqueles caras? _ Murilo me perguntou, o que com certeza eu não sabia

— Uma coisa é certa, eram bem treinados, tipo, mercenários _Carlos disse sentando na cadeira, tão frustrados quanto Murilo

— Ao menos a porra do Maverick, foi para o saco. Belo tiro Gael _entre os olhos, bem onde eu queria, mas o objetivo não foi alcançado. Linda está nas mãos de outra pessoa.

— Sabe, achei o ex muito calmo, para o tipo de pessoa que é._ disse o que me estava me incomodando há algum tempo

— Um cara do tipo dele, envolvido no mundo em que está. Não ia deixar barato
_tenho uma linha para investigar, e preciso ser muito rápido. Não quero pensar no que ela está passando nas mãos daquele psicopata.

— Calma, irmão, vamos encontrar ela.
_ ouvi a campainha e não me lembro de nenhum de nós, autorizar alguém a subir

— Ele chegou! _Murilo disse e caminhou até a porta.

— Pedimos ajuda ao comandante _ Carlos falou ao mesmo tempo, em que Maicon passava pela porta. A cara amarrada e com certeza muito puto pela diligência na favela, sem seu conhecimento.

— Então seus putos, deixaram a merda bater no ventilador para pedir ajuda?
_disse colocando suas mãos na cintura, com sua postura ereta

— Vai ajudar? Ou veio para me prender? _ disse esperando os dois

— Cara, eu sou padrinho da Isabel. Como iria te prender, se você está atrás da nova mãe da minha afilhada?
_ disse e se aproximou da mesa e se serviu do café sem açúcar de Murilo

— Vi os arquivos que Murilo te enviou, e encontrei uma ponta solta _ disse enquanto arrastava uma cadeira e se sentava

— Me diga, o que eu não vi? _ ele balançou a cabeça em negativo e estralou a língua

— É por isso que não trabalhamos em casos pessoais. Você não olhou para o óbvio _ ele estava me irritando, me fazendo parecer um iniciante.

— Ela, Linda Bianchi Rios. _olhei sem entender onde ele queria chegar

— Filha de Heitor Bianchi, um chefe da máfia italiana. Morto pelo filho, que é irmão da sua ragazza _olhei sem acreditar em meus ouvidos.

— Que porra! _Murilo exclamou o que todos sentimos.

— Será que é o irmão dela que a tirou de lá? Os mercenários que invadiram, ao mesmo tempo que nós, nos ajudaram em partes, ao eliminarem uma grande parte dos homens do Maverick

_ Carlos disse. E eu só consigo pensar, onde está Linda? Preciso focar.

— Preciso de ajuda! _meu coração se apertou e senti um vazio tão grande, como se eu a tivesse perdido

— Já coloquei alguns dos meus informantes em alerta, logo teremos alguma informação

— Vou dar uma volta, preciso respirar, ou farei uma besteira _ peguei minhas chaves e sai do apartamento

Dirigi sem rumo, mas acabei estacionando em frente a casa da mãe do desgraçado do Luiz.

Viúva recentemente, mora sozinha e sei que ajudou Linda a fugir do próprio filho, então ela sabe mais do que ninguém dos negócios do filho.

Observei da outra vez que viemos aqui, havia câmeras na cozinha, deve ter em todos os cômodos.

— O filho deve manter a mãe, sobre vigilância.

Esperei no carro, olhava para todos os lados, na esperança de que ela saísse.

Já estava a mais de quatro horas sentado, curtindo a angústia e a ansiedade cozinhar meu cérebro. Desliguei meu celular depois de cinco ligações de meus amigos.

Eu a avistei, ela chegava de carro, ela parou o carro e eu coloquei minha cabeça para fora da janela, sei que me viu, arregalou os olhos. Deu ré no carro e saiu de novo, e eu a segui.

Parou em um parque, havia poucas pessoas, já está próximo de anoitecer.

— Gael, não é? _ ela se aproximou e assenti ao me sentar no banco

— Ellen, preciso de sua ajuda. Acho que seu filho está com a Linda _ ela tapou a boca com a mão.

— Bianca? _ indagou sobre Bia, com os olhos já derramam lágrimas

— Está segura! _ respondi com firmeza, pois sei que Bruno daria a vida pelos meus filhos

— Eu disse para ela, ele nunca iria deixar ela em paz. Ele é igual ao pai. _ encarei os olhos tristes, castanhos chorosos

— Preciso encontrá-la, pode me ajudar? _ ela que olhava para o nada, com o olhar vazio, me encarou

— É meu filho, você vai matá-lo? _ela me perguntou, e sei que deve ser difícil para qualquer mãe, saber que o filho é um monstro que só parará quando estiver morto

— Ele vai matá-la, preciso tirar ela das mãos dele_ respondi com pouca informação, ela não precisa ouvir para saber

— Ele não vai desistir da Bianca. Ela é valiosa demais, no mundo deles _ Assenti sabendo o que fazer, esconder melhor meus filhos.

— Ele tem um lugar que usa para alguns serviços. O pai usava antes dele _ ela pegou um papel na bolsa e caneta, e anotou um endereço, e me entregou.

— Espero que a encontre, ela é uma mulher meiga, não combina com esse mundo, cuide delas _disse e se levantou e sem dizer mais nada, foi embora

Respirei alguns minutos antes de ligar meu celular, liguei para o comandante e passei toda a informação, menos o endereço, não farei nada que coloque ela em perigo, pensarei em cada detalhe antes de agir.

Voltei para o apartamento e Murilo estava sozinho, ele estava municiando os pentes das armas já usadas.

— Cadê os caras? _ questionei confuso, pois precisamos planejar os próximos passos a serem dados

— Foram encontrar um informante do comandante


— Foram encontrar um informante do comandante

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Mil milhões de beijos, até o próximo capítulo.

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