capítulo 24 - Yo curo tu cuerpo!

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Harry acordou bruscamente, como se estivesse despertando de um sonho. Ele inspirou fundo, seu coração martelando contra as costelas. Que merda tinha acontecido? Ele tentou se concentrar e lembrar, batalhando com sua mente nebulosa.

Alguém estava gritando, e Harry se encolheu quando a voz alcançou seus ouvidos. Ele queria dizer que se se calassem, mas tudo o que conseguiu foi soltar um grunhido irritado.

Quando tentou se erguer, sua cabeça rodou. Se houvesse algo em seu estômago, ele definitivamente teria vomitado. Em vez disso, fechou os olhos e respirou fundo, tentando afastar a tontura com pura força de vontade. Ele estava deitado em algo rígido e frio. Seu corpo inteiro doía, como se tivesse levado um tombo feio de skate. Havia uma dor chata e palpitante em seu peito. Mas... Puta merda.

Harry tocou seus braços, seu rosto, seu peito. Ele estava vivo? Ele estava vivo!

Harry virou a cabeça pesada, forçando os olhos a se abrirem para procurar Draco. Precisava contar a ele, precisava mostrar a ele, precisava agarrá-lo e...

- Bela deusa você é! - gritou uma voz familiar.

- Adri? - Harry estreitou os olhos no cômodo escuro. Lentamente, as coisas voltaram ao foco. Ele estava sentado em algo que parecia uma mesa de pedra. Estava coberta de sangue. Ele estava coberto de sangue.

As memórias voltaram subitamente. A igreja. A cripta. A adaga. Ele levou a mão ao ponto onde tinha sido apunhalado no peito. Sua camisa estava rasgada, e a pele, cortada. Não sangrava mais, mas ainda doía pra car...

- Você não passa de uma covarde! - Adri estava sentada no chão, gritando em direção ao teto. Com quem ela estava gritando?

Harry se impulsionou para a beira da pedra e apoiou os pés instáveis no chão. Depois de esfregar os olhos, ele olhou para baixo. E arfou, recuando.

O chão estava coberto de sangue. Adri estava ajoelhada nele, seu vestido branco manchado de carmesim. Ela estava inclinada sobre alguma coisa, murmurando para si mesma, seus movimentos eram erráticos.

- Adri? - Ela virou a cabeça para olhá-lo por cima do ombro. "Olhar" talvez fosse a palavra errada. Foi uma encarada feroz. Seus lábios pintados estavam repuxados, mostrando os dentes. Seu cabelo estava desgrenhado, revolto ao redor do rosto. Seu peito subia e descia rapidamente. Ela parecia prestes a atacá-lo Harry recuou. - Caramba, o que...?

- Ah, então você deixa ele viver? - gritou Adri, olhando freneticamente ao redor da caverna novamente. Não houve tempo para que Harry se ofendesse, porque ela acrescentou: - Mas o Draco você deixa morrer assim? - As palavras foram como um soco nas costelas.

Enfim ele viu o que - quem - estava no chão em frente a ela. Draco estava caído de costas, inconsciente e imóvel. Harry foi dominado pelo pânico.

- Draco! - Ele avançou e se atirou no chão ao lado de Draco, agarrando sua camisa verde e o sacudindo vigorosamente. - acorda!

A cabeça de Draco apenas caiu para o lado. Não havia mais calor em sua pele cinzenta. Seus lábios estavam separados, seus olhos, levemente entreabertos. Harry nem conseguia ver o azul cinzento de suas íris. Ele sentiu o pânico subir à garganta.

- O que aconteceu?! - exclamou ele. Seu pulso estava acelerado e os pulmões ardiam com a respiração rápida. - O que ele fez?

- Ele salvou a vida estúpida de vocês! - cuspiu Adri enquanto mexia em um rosário.

Harry balançou a cabeça. Não, não, não. Deveria ser ele a morrer, não Draco! Draco deveria ficar seguro.

- E ela o deixou desse jeito! - gritou ela para a cripta cavernosa.

Cemetery boys - DrarryOnde histórias criam vida. Descubra agora